Os estudos recentes não deixam margem para dúvidas: a cor é uma das características mais valorizadas pelos automobilistas no momento de comprar carro novo. Pelo que indicam os especialistas, funcionará como uma espécie de extensão da personalidade, afirmação de estilo, em linha com as preferências de quem se sentará ao volante. Ou ao lado…

Por este motivo, os fabricantes investem no desenvolvimento de soluções de personalização que permitam acompanhar tendências e corresponder às exigências dos seus clientes. Mas a verdade é que não deve deixar-se levar apenas pelo que ditam as modas, nem descurar toda a componente negócio. Se é certo que as cores mais populares (branco, preto e cinzento) parecem não interferir no processo de desvalorização média do seu automóvel, a verdade é que há cores que não vão ajudar na hora de revender o seu carro. E outras que lhe permitem perder menos dinheiro num futuro negócio.

Bege, dourado e roxo

Estas são as três cores com maior índice de desvalorização. Segundo os estudos, um automóvel perder 33% do seu valor durante os três primeiros anos de vida; para um carro pintado de amarelo essa depreciação será ligeiramente menor, (27%) enquanto o branco, o cinzento e o preto são cores que permitem manter níveis médios de desvalorização. Em posição oposta estão o bege, dourado ou roxo como as cores que mais contribuem para a desvalorização do seu automóvel.

São resultados que dependem, obviamente, da localização geográfica, muitas vezes influenciados por questões culturais. Por exemplo, nos países do mediterrâneo as cores vivas são as mais populares, quanto a maioria dos automobilistas nos países latinos preferem o branco e o preto.

Os carros com carroçaria em tons de azul têm sucesso na Europa e nos Estados Unidos e são uma raridade nas estradas chinesas.

Em países como a China o branco está em maioria, à frente do preto e do cinzento na escala da popularidade. Se na Índia os automóveis pretos na estrada podem contar-se pelos dedos de uma mão, já no Japão representam 22% do parque circulante. No Turquemenistão, um pequeno país da Ásia Central, o preto está proibido, por ser considerado mau presságio, associado à má sorte.