A hegemonia da Renault no mercado nacional de automóveis ligeiros de passageiros novos foi interrompida em 2021 pela Peugeot, que foi a marca mais vendida no cômputo de um ano em que a pandemia e os problemas com a disponibilidade dos chips semicondutores afetaram as entregas de veículos novos.

Foram mais de duas décadas de liderança Renault em Portugal, mas os problemas sentidos pela indústria automóvel ao longo deste ano tornaram-se determinantes para que o mercado nacional conhecesse um novo líder no que aos automóveis ligeiros de passageiros diz respeito.

Com mais 1834 unidades matriculadas em dezembro, a Peugeot confirmou a primeira posição, chegando ao final do ano com uma soma de 17.595 unidades, o que representa um crescimento homólogo de 11,0% face a 2020 e uma quota de mercado de 12,0%, contra 10,9% registada em 2020.

A sua compatriota Renault fechou o ano com mais 1481 registos, mas na soma dos doze meses ficou com o segundo lugar, apresentando um acumulado de 15.439, ou seja, menos 17,1%.

Na luta entre as marcas Premium, a Mercedes-Benz conseguiu segurar o terceiro lugar face à investida da BMW. A marca da ‘estrela’ registou 728 unidades em dezembro de 2021 contra as 615 da rival bávara, o que lhe valeu uma posição no pódio, com 11.383 veículos matriculados em comparação com os 11.263 da BMW. Porém, vale a pena notar que a Mercedes-Benz desce 17,2% face ao ano passado, enquanto a BMW cresceu 7,1%.

O quarto lugar da tabela geral ficou para a Citroën, com 8644 registos, num aumento de 4,9% face ao acumulado de 2020, enquanto Toyota e Hyundai ficaram nas duas posições seguintes. Ambas tiveram um mês de dezembro positivo, com 676 e 636 matrículas, perfazendo crescimentos homólogos de 12,3% e 108,5%, respetivamente. Na soma do ano, a marca japonesa matriculou 7896 unidades e a sul-coreana 7610 unidades, com subidas homólogas de 26,9% e 49,3%.

No mês de dezembro, nota muito positiva para a Dacia, que foi a única além da Peugeot e Renault a superar a fasquia dos 1000 registos: a marca romena matriculou 1151 veículos ligeiros de passageiros, com este valor a ser muito potenciado pela nova gama Sandero.