Porsche 550 Spyder: O matador de gigante

21/08/2018

O Porsche 550 Spyder foi um desportivo feito de 1953 a 1956. Desvendado no salão de Paris de 1953, este modelo media 3,70 metros de comprimento, sendo animado pelo sofisticado motor “Type 547” (desenhado por Dr. Ernst Fuhrmann), um propulsor de liga leve refrigerado a ar de 1.500 cc, de quatro cilindros opostos (boxer). O motor ficou tão famoso quanto o próprio modelo (o 550 Spyder foi o veículo de James Dean no qual, em 1955, o actor norte-americano perdeu a vida e nas inúmeras corridas em que entrou rara era a classificação abaixo do pódio).

A engenharia do bloco dispunha de quatro árvores de cames na parte superior (com propulsão de eixo vertical), duas velas por cilindro, cambota com quatro rolamentos, bem como uma lubrificação por cárter seco de oito litros que viria a equipar também os Porsche 356 GS Carrera. Esta combinação de soluções colocou o 550 Spyder a debitar 110 cv disponíveis às 7.800 rpm. Aliás, o motor Fuhrmann era de tal forma avançado e com um tão grande potencial que um 550 Spyder (que pesava 550 kg) foi colocado a correr em Le Mans, em 1954, com uma cilindrada reduzida de 1.100 cc e que haveria de triunfar na categoria de 1,1 litros.

Com apenas 3,70 metros, este modelo chegou a ser apelidado de “Giant Killer”, precisamente pela sua capacidade de se
superiorizar a máquinas mais possantes. O propulsor estava montado à frente do eixo traseiro, ajudando a uma distribuição de peso de 50%-50% entre ambos os eixos. A versão 550A/1500 RS, introduzida a partir de 1956, era uma versão melhorada, com um chassis tubular mais rígido e mais leve, novas suspensões (uma traseira multi-link), e a potência do motor a escalar até aos 135 cv às 7.200 rpm, permitindo uma velocidade de até 240 km/h.

Foi um automóvel de grande êxito em corridas (triunfou em 1956, na Targa Florio), tendo estado nas mãos de diversos pilotos de renome, incluindo Stirling Moss. Os primeiros 550 tinham uma caixa sincronizada de quatro relações, mas a partir de 1956 passou a ser montada uma caixa de cinco. Houve unidades Coupé, embora a maioria tenha sido Roadster. Deste icónico 550 foram produzidas nove dezenas de unidades e do 550A saíram da fábrica quatro dezenas de exemplares. Foi dos automóveis mais replicados ao longo da história por outros carroçadores, o que diz bem do impacto que teve na história automóvel.

Este e outros modelos icónicos da Porsche podem agora ser vistos na exposição temporária “Porsche: 70 anos de evolução”, patente no Museu do Caramulo.

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