Conduzir num país estrangeiro pode trazer consigo muitas surpresas indesejáveis, sobretudo quando não se adequa a atuação aos costumes e leis locais. Um turista britânico de 25 anos de idade terá descoberto essa circunstância da pior forma ao ‘somar’ mais de 40.000 euros em multas no Dubai.
O país dos Emirados Árabes Unidos (EAU) é um dos que têm maior número de superdesportivos em circulação, sendo também um chamariz para muitos dos que gostam de emoções fortes. No caso deste turista do Reino Unido, a expectativa de momentos bem passados ao volante de um Lamborghini Huracán alugado poderá ter sido desmedida, uma vez que em apenas quatro horas acumulou mais de 40 mil euros em coimas (175.000 Dh, na moeda local).
O superdesportivo italiano havia sido alugado à agência Saeed Ali Rent a Car por um montante em redor dos 1500 euros (por dois dias), tendo sido na noite do primeiro dia que as multas se acumularam a um ritmo elevado: entre as 02:31 e as 06:26 do dia 30 de julho, o condutor britânico foi ‘apanhado’ por vários radares, conseguindo mesmo o ‘feito’ de ‘apanhar’ duas multas em menos de um minuto.
As imagens da polícia do Dubai revelam então 32 contraordenações na estrada de Sheikh Zayed – entre os 126 km/h e os 230 km/h – e uma na estrada de Garn Al Sabkha Road, de acordo com a notícia do site local The National, perfazendo então 33 coimas.
Ao alugar o Huracán, o britânico deixou o passaporte como garantia e a morada do hotel em que se encontrava hospedado, havendo agora um impasse quanto a quem deverá pagar as coimas. Do valor total, cerca de 16.400 euros (70.000 Dh) correspondem ao valor das multas em si, ao passo que os outros 23.600 euros (100.520 Dh) correspondem à possibilidade de o carro ser apreendido pela polícia local assim que fosse entregue à agência de aluguer. Caberia depois a esta desembolsar o dinheiro, algo que que os proprietários da mesma garantem não ter capacidade de fazer.
O carro continua assim na posse do turista que, por sua vez, tem o seu passaporte ‘preso’ na agência. Esta chegou a pedir um requerimento para impedir o condutor – cujo nome permanece em segredo – de sair do país, mas o mesmo foi negado. Porém, um dos primeiros passos que tomou foi alertar a embaixada do Reino Unido para estar atenta a qualquer alegação por parte do infrator de que o seu passaporte se teria perdido, o que lhe daria azo a um novo e à possibilidade de deixar o país.