Sem que nunca tenha obtido resultados de monta na Fórmula 1, a Yamaha forneceu motores a equipas como a pouco combativa Zakspeed, mas também a outras de maior relevo, como a Brabham, Jordan ou Arrows (com a qual conseguiu o seu melhor resultado de sempre, um segundo lugar no GP da Hungria de 1997 com Damon Hill ao volante de um Arrows-Yamaha).
Mas, foi na fase em que esteve aliada à Brabham, em 1991, que a Yamaha desenvolveu um novo motor V12 denominado OX99, o qual serviu para que a foneticamente confusa dupla britânica composta por Martin Brundle e Mark Blundell pilotassem em 1991, transferindo-se depois para a Jordan em 1992, na segunda temporada desta na Fórmula 1.
Neste período, a marca acarinhou a ideia de lançar um superdesportivo extremo com aquela mesma motorização, num exercício que estava pensado para passar à produção em 1994 em parceria com a Ypsilon Technology, uma subsidiária da Yamaha, e da IAD, uma consultora britânica de design e tecnologia. O primeiro protótipo surgiu em 1992, com um conceito de monolugar com o piloto em posição central, reutilizando igualmente o chassis em fibra de carbono para baixo peso e elevada rigidez a par do mesmo motor V12 atmosférico de 3.5 litros com potência em redor dos 400 CV (face aos 560 CV da unidade de competição), mas mantendo a sua elevada faixa de rotações – na casa das 10.000 rpm – e associado a uma caixa manual de seis velocidades e tração traseira.
Uma das particularidades do desenho supervisionado por Takuya Yara foi a grande porta para acesso ao cockpit, muito semelhante ao que se encontra nos modelos de competição da época ou nos caças de aviação.
No entanto, a evolução do projeto do OX99-11 (a denominação oficial) foi conhecendo diversos obstáculos até que, finalmente, fosse cancelado antes de passar à produção. O primeiro desses entraves veio na forma de desentendimentos com a IAD, que depois levou a que fosse a subsidiária Ypsilon a arcar com a responsabilidade de finalizar o projeto numa época em que o Japão atravessava uma crise financeira.
Com os custos de desenvolvimento e de produção a revelarem-se demasiado elevados para que pudesse evoluir noutros moldes, o OX99-11 foi cancelado ainda na fase de projeção com poucas unidades concebidas para testes.
Quanto à participação da Yamaha na Fórmula 1, também não se alongou muito mais, com a marca japonesa a acabar com o projeto em 1997, época em que obteve o seu melhor resultado com a Arrows. Depois, a marca saiu da modalidade.
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