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Vendas de automóveis novos com recorde negativo na União Europeia em janeiro

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As vendas de automóveis novos na União Europeia atingiram um novo recorde negativo, com o primeiro mês deste ano a trazer consigo o volume mais baixo de sempre em termos de vendas para um janeiro desde que esta associação começou a analisar o mercado, em 1990.

De acordo com os dados revelados pela ACEA, o mês de janeiro de 2022 foi histórico pela negativa, já que nunca se venderam tão poucos veículos automóveis a abrir um ano. Face ao mesmo mês do ano passado, já de si com números bastante baixos por efeitos da pandemia de Covid-19, as vendas de janeiro de 2022 caíram 6,0%, para um total de 682.596 unidades.

A principal causa continua a ser a falta de chips eletrónicos para a produção dos automóveis, o que tem levado muitos construtores a adiarem entregas e lançamentos de novos modelos. Em janeiro de 2021 haviam sido matriculados 726.411 automóveis novos na UE, o que se contrapõe com os 682.596 registos deste ano, numa contração de 6,0%.

Se se contabilizarem as vendas dos mercados da UE, Reino Unido e EFTA, a quebra é menos pronunciada, contraindo apenas 2,4%, já que em janeiro de 2021 tinham sido matriculados 842.670 contra as 822.423 de janeiro de 2022.

Vários mercados da Europa Central apresentaram ganhos em janeiro, embora sejam de pouca expressividade, como são os casos dos eslovaco (+72,6%) e romeno (+55,5%). Porém, dos quatro grandes mercados, se o alemão apresentou um crescimento de 8,5% e o espanhol também uma subida (modesta) de 1,0%, os italiano e francês caíram 19,7% e 18,6%, respetivamente.

Portugal teve uma ligeira queda no primeiro mês do ano, com um decréscimo de 2,0% face a janeiro de 2021, que tinha sido já de reimposição de restrições à mobilidade e ao comércio devido ao recrudescimento então da pandemia de Covid-19.

Por grupos automóveis, o Volkswagen mantém-se solidamente como o mais vendido na Europa, mesmo tendo assistido a uma ligeira quebra de quota de mercado de 25,6% em janeiro de 2021 para 25,4% este ano (tendo uma quebra de 7,0% nas vendas). Porém, o mês de janeiro foi mais penalizador para o grupo Stellantis, já que a sua quota foi de 20,5% contra 22,7% de 2021, refletindo uma quebra nas matrículas de 15,1% entre estes dois anos. O Grupo Renault surge no terceiro lugar, com um ligeiro crescimento de quota (10,2% para 10,5%), mas uma redução nas vendas de 3,5%.

Logo atrás, destaque para o crescimento dos Grupos Hyundai e Toyota. O primeiro teve um crescimento de quota de mercado de 7,1% para 9,7%, com aumento de 28,7% nas vendas, enquanto o segundo teve também aumentos de quota de mercado, de 7,2% para 8,4%, e de 9,7% nas vendas.

Pode consultar o documento da ACEA aqui.