A longa espera para ficar a conhecer o novo ID.3 da Volkswagen terminou, com o primeiro elétrico de nova geração da marca germânica a chegar com a intenção de revolucionar a indústria automóvel, um pouco à semelhança do que havia feito com o Carocha, que fez jus ao epíteto de ‘carro do povo’. O ID.3 recorre à nova plataforma MEB do Grupo Volkswagen, trazendo promessas de novas funcionalidades digitais, que assumem um peso fundamental na indústria automóvel atual.
Embora a sua forma já fosse conhecida depois do primeiro evento em que o ID.3 surgiu camuflado, faltava conhecer com maior precisão as linhas deste elétrico, um modelo que pretende rivalizar com os bem-sucedidos Nissan Leaf e Tesla Model 3, apenas para citar dois dos principais modelos do segmento na Europa. No entanto, a ambição da Volkswagen é global com este seu novo modelo. As primeiras expectativas apontam para o caminho do sucesso, tendo já mais de 30 mil reservas desde que as mesmas foram abertas.
O grupo motriz consiste num motor síncrono de íman permanente, que inclui os módulos de controlo eletrónico e a caixa de uma velocidade, estando integrado de forma bastante compacta no eixo traseiro, ao passo que a bateria foi posicionada no fundo do veículo para reduzir o centro de gravidade e os componentes adicionais foram colocados na dianteira para uma melhor distribuição de peso.
O sistema eletrónico de controlo de potência gere o fluxo de energia de alta voltagem convertendo a DC armazenada na bateria para AC para o motor de tração e para fornecer a bateria de 12 V que alimenta o sistema elétrico de baixa voltagem. A potência é transmitida ao eixo traseiro.
De série, o ID.3 contará logo de início com três baterias para diferentes necessidades. A mais baixa tem 45 kWh e oferece já uma autonomia de 330 quilómetros, já de acordo com o ciclo WLTP. Além desta, haverá ainda uma versão intermédia com bateria de 58 kWh para uma autonomia de 420 quilómetros. Com a bateria de maior capacidade, de 77 kWh, a autonomia é de 550 quilómetros.Versão de lançamento 1ST (First)
Granjeado já grande sucesso desde o momento em que foi anunciada, a edição de lançamento 1ST (ou First), promete bastante equipamento em troco de um valor mais em conta, tratando-se de edição limitada com base no modelo de bateria intermédia, de 58 kWh, com 150 kW de potência e 160 km/h de velocidade máxima. A autonomia é de até 420 quilómetros com o ciclo de medição WLTP.
Graças à sua capacidade de carga rápida, o Volkswagen ID.3 pode acumular cerca de 290 quilómetros em 30 minutos a partir de uma tomada de 100 kW. A versão de 77 kWh pode ser carregada a 120 kW, assegurando assim uma maior rapidez de carregamento nos postos rápidos. No evento de Frankfurt, a Volkswagen revelou também a sua oferta de 2000 kWh de eletricidade durante um ano a partir da data de matrícula do veículo, bem como a possibilidade de montar dois tipos de wallbox domésticas, embora não tenham sido especificados os valores do carregamento.
Por outro lado, o visual minimalista do habitáculo tira partido da digitalização, com botões táteis, por exemplo, escapando apenas os botões dos vidros elétricos e o de sinalização de perigo (os quatro piscas). Há ainda assistente virtual ativada por comandos vocais, com um simples ‘Hello ID’.
Além de revelar o novo ID.3, a Volkswagen advogou também o seu objetivo de mobilidade com impacto zero nas emissões de carbono, através da estratégia ‘goTOzero’, a qual prevê até meados do século uma cadeia integral sem produção de emissões de dióxido de carbono (CO2) desde a produção do próprio veículo até à energia para o seu carregamento.
O preço da versão de entrada fica pelos 30.500 euros, estando a sua chegada ao mercado português prevista para o verão de 2020.
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