Não são tempos fáceis para a Volkswagen, no rescaldo do escândalo da manipulação de resultados de emissões poluentes. A marca alemã está atualmente a lidar com o lançamento atribulado do novo Golf, primeiro com a necessidade de suspender entregas no início desta semana, depois de ter sido detetado um problema de ‘software’. E agora com a polémica associada à campanha promocional da 8.ª geração do modelo.
A Volkswagen foi acusada de publicar um anúncio na rede social Instagram, facto que obrigou a um pedido de desculpas formal e motivou, segundo fontes oficiais da marca, a abertura de uma investigação interna, para que se apurem responsabilidades.
Na publicidade em causa, umas grandes mãos brancas empurram e afastam um homem negro do carro estacionado na rua, uma mensagem que foi de imediato conotada com ideais racistas e interpretada como um gesto de “poder branco”.
Segundo avança a agência Reuters, as letras que apareciam no anúncio já banido pela marca também soletravam brevemente uma ofensa racista em alemão.Juergen Stackmann, membro do conselho de vendas e marketing da marca, e Elke Heitmueller, chefe de gestão de diversidade, foram encarregues de formalizar o pedido de desculpas, solidários com a indignação pública. “Porque também estamos horrorizados. Este vídeo é um insulto a todas as conquistas do movimento pelos direitos civis. É um insulto a todas as pessoas decentes”, explicaram.
“Nós na VW estamos perfeitamente cientes das origens históricas e da culpa da nossa empresa durante o regime nazi. É exatamente por isso que nos opomos a todas as formas de ódio, difamação e discriminação”, acrescentaram.
Imediatamente retirada de todos os meios oficiais do construtor, a polémica publicidade ainda circula na Internet:
