Volvo e Geely vão unir esforços no desenvolvimento de motores

07/10/2019

Concentrando esforços para o desenvolvimento comum e redução de custos, a Volvo Cars e a Zhejiang Geely Holding Group, companhia chinesa que detém a histórica marca sueca, anunciaram a fusão das suas operações de conceção e produção de motores térmicos e sistemas híbridos para modelos diversos, incluindo os de outras marcas.

Conglomerado chinês que tem vindo a ganhar peso de forma bastante rápido, a Geely adquiriu a Volvo em 2010, evitando que a marca sueca pudesse seguir o caminho da extinta Saab após o período de crise financeira. Ao mesmo tempo, a Geely tem vindo a ampliar o número de marcas automóveis sob sua alçada, criando a mais jovial Lynk & Co e adquirindo outras, como a Lotus (anteriormente pertencente à malaia Proton).

Agora, Volvo e Geely dão mais um passo na unificação de esforços, com os motores desenvolvidos em conjunto a serem utilizados para os novos automóveis da Volvo, Lotus, Lynk & Co e da Geely Auto, com o CEO da Volvo a considerar em declarações ao Automotive News Europe que esta fusão deverá acelerar a eletrificação da sua companhia, mas também das demais marcas.

Com o objetivo de ter metade das suas vendas em 2025 exclusivamente por veículos eletrificados (entre híbridos e elétricos), Hakan Samuelsson explicou que “estamos a garantir os recursos necessários para desenvolvê-los ainda mais”. Mas, por outro lado, garante o presidente da Volvo Cars, esta mudança terá o condão de ajudar a manter os orçamentos e os fundos necessários para as equipas de engenheiros de sistemas híbridos e de combustão interna continuarem os seus trabalhos.

“É provável que eles não tivessem os recursos que precisam para manterem o seu elevado nível de competências nessa área. Com esta mudança, nós evitamos isso”, é citado ainda no Automotive News Europe. Nesta sinergia de esforços, a equipa global deverá ser formada por cerca de 3000 funcionários da Volvo e por 5000 funcionários especialistas em motores de combustão interna da Geely.

Este acordo terá, também, o potencial de proporcionar grandes poupanças em termos de custos de desenvolvimento e de produção, ao mesmo tempo que a Volvo pretende ampliar o seu volume global de vendas, esperando vender 800 mil unidades mundialmente em 2020. Adicionalmente, com esta decisão, não serão efetuados quaisquer despedimentos.

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