A Suzuki vai deixar deixar de produzir um dos seus produtos mais icónicos, a moto Hayabusa. Foi há 20 anos que o construtor japonês começou a construir aquela que ainda hoje é a moto de estrada mais veloz do mundo, capaz de ultrapassar os 300 km/h. No entanto, a Suzuki anunciou que a sua moto não vai conseguir cumprir os critérios anti-poluição Euro 4, que entram em vigor no próximo para os motociclos, e decidiu que, sem acesso ao mercado europeu, vai encerrar a produção de um modelo que foi uma parte importante da história do motociclismo.
Batizada oficialmente como GSX 1300R, a Suzuki Hayabusa foi batizada com o nome japonês do falcão-peregrino, uma ave de rapina capaz de atingir 300 km/h em voo picado, a maior velocidade do reino animal. Equipada com um gigantesco motor de 1300 cc, que debitava 175 cv, conseguiu ser a primeira moto de estrada a ultrapassar os 300 km/h. Por causa disso, e depois da rival Kawasaki Ninja falhar em bater o número da Suzuki, os construtores japoneses fizeram um acordo de cavalheiros em que iriam limitar a velocidade máxima dos seus produtos mais rápidos a esta velocidade.
A imprensa especializada nunca gostou muito do visual da moto, mas, mais do que a velocidade, foi o principal atrativo para o público. Assim, quando chegou a altura de renovar a Hayabusa, a Suzuki manteve a sua aparência musculada e aumentou a cilindrada do motor de quatro cilindros para 1340 cc. Ao mesmo tempo, a potência saltou para os 200 cv, atingidos acima das dez mil rotações por minuto, graças a uma maior taxa de compressão e à adoção de válvulas de titânio, e podia passar dos 100 km/h em apenas 2,5 segundos. Muitos preparadores independentes aproveitaram as capacidades de origem da moto japonesa para criar versões ainda mais picantes e explosivos da Hayabusa.
Infelizmente para a Suzuki, toda esta performance é incompatível com os apertados controlos anti-poluição que têm sido impostos a todo o género de veículos terrestres. A Hayabusa ainda poderia ser vendida no Japão e na América do Norte, mas a Suzuki preferiu retirar a moto de circulação, com a certeza que vai ser mais difícil construir uma moto com tanta performance e personalidade como o nome de código GSX 1300R.