M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Quando vendeu a antiga MG Rover, a BMW manteve o controlo sob a marca MINI. Mesmo usando tecnologia da casa-mãe alemã, manteve a sua identidade britânica, não só a nível visual mas também produzindo os seus automóveis na antiga localização histórica de Cowley, onde a Morris construiu a sua primeira fábrica, em 1912. No entanto, a aproximação rápida do Brexit tem feito a indústria automóvel repensar a sua presença industrial no Reino Unido. E agora até a “very British” MINI poderá abandonar a sua pátria.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Peter Schwarzenbauer, membro do Concselho de Administração da BMW e responsável pelas marcas MINI e Rolls-Royce, explicou ao canal televisivo britânico Sky News as circunstâncias que colocam o futuro da marca no Reino Unido caso não exista acordo sobre o Brexit, incluindo a possibilidade de abandonar a fábrica de Cowley, pois um aumento de 10 por cento dos custos seria incomportável. A fábrica dá emprego a 4500 pessoas e construiu mais de 230 mil automóveis o ano passado, com 80 por cento das unidades destinadas à exportação. No entanto, mais de metade das peças vêm de fornecedores externos localizados no continente, tendo que ser transportados de Calais para Dover para chegar ao Reino Unido.

A produção de motores seria a que está mais próxima de poder ser transferida para a Europa, nomeadamente para uma unidade fabril perto da Magna Steyr, na Áustria. A Steyr já produziu automóveis para a MINI, nomeadamente a geração anterior do Countryman e a sua versão coupé, o Paceman. Os atuais MINI partilham uma plataforma técnica com o BMW Série 2 Active Tourer e Gran Tourer, que são produzidos em Leipzig, na Alemanha.