Cimeira de Ambição Climática vai marcar ano de 2023

01/01/2023

A exigência climática levou António Guterres a anunciar que irá convocar uma cimeira mundial, em setembro de 2023.

Num balanço do ano de 2022 feito à comunicação social na sede da ONU, em Nova Iorque, António Guterres, secretário-geral da organização, anunciou que irá convocar uma Cimeira de Ambição Climática para setembro de 2023.

“O convite está aberto. Mas o preço de entrada não é negociável – uma ação climática nova, credível e séria e soluções baseadas na natureza que farão a ‘agulha’ avançar e responder à urgência da crise climática. Será uma cimeira sem exceções. Não haverá espaço para retrocessos, ‘greenwashers’, repartição de culpas ou anúncios de anos anteriores”, afirmou.

O INTUITO DESTA NOVA CIMEIRA É ACELERAR A AÇÃO CLIMÁTICA.

António Guterres salienta que, apesar das promessas feitas na COP27 no Egito e do acordo sobre a biodiversidade alcançado na COP15, é claro que, no geral, a batalha para limitar as emissões a apenas um aumento de 1,5 grau acima dos níveis pré-industriais ainda está “a ir na direção errada”, com as emissões globais de gases de esfeito de estufa a crescerem.

“A meta de 1,5 grau é ofegante. Os planos climáticos nacionais estão a ficar lamentavelmente aquém. E, no entanto, não estamos a recuar”, acrescentou o português que tem os destinos da ONU.

Guterres afirmou que a comunidade internacional agora está “a lutar para restaurar a confiança entre o Norte e o Sul”, com um acordo sobre a emissão de Perdas e Danos, há muito paralisada, na COP27.

Outro passo positivo, na visão de Guterres, que foi dado em 2022 diz respeito ao lançamento de um plano de ação para abranger todas as pessoas no mundo com sistemas de alerta precoce para desastres naturais, nos próximos cinco anos.

“Daqui para frente, continuarei a pressionar por um Pacto de Solidariedade Climática, no qual todos os grandes emissores façam um esforço extra para reduzir as emissões nesta década em linha com a meta de 1,5 graus e garantir apoio a quem precisa”. Sem ela, alertou, “a meta de 1,5 graus desaparecerá rapidamente. Não fiz rodeios no imperativo de todos nós enfrentarmos essa ameaça existencial. E não vou ceder.”