Sem surpresas, foi nos EV de primeira geração que as baterias mais vezes tiveram de ser mudadas. Para veículos anteriores a 2015, a taxa de substituição das baterias foi de 13%, e a maior parte aconteceu durante o período de garantia.
O estudo desenvolvido pela start-up americana Recurrent teve como base os 20.000 veículos em que, nos Estados Unidos, é utilizado o seu software de gestão da bateria.
Liz Najman, a investigadora responsável pelo estudo, sublinha que “em todos os anos e modelos, fora dos grandes recalls, apenas 2,5% foram substituídos”.
Este é um número superior ao que a investigadora apurou em 2023, mas esse aumento “deve-se inteiramente aos automóveis mais antigos. Para os automóveis mais antigos do que 2015, as taxas de substituição são de 13%, mas inferiores a 1% para os automóveis de 2016 e mais recentes”.No artigo em que apresenta as conclusões do estudo, Najman sublinha que o período de vida útil das baterias é maior do que o que era inicialmente expetável. E dá como exemplo os modelos mais antigos, e portanto pioneiros na tecnologia, em que “apenas 13% dos condutores comunicaram uma substituição da bateria”.
“Até agora – afirma -, parece que as baterias dos veículos elétricos têm uma vida útil muito mais longa do que se imaginava”.
E porquê o “parece que” utilizado pela autora. Liz Najman explica que que a maioria dos automóveis que fizeram parte do estudo são de 2022 e 2023, pelo que não existem dados conclusivos sobre a matéria.
Ainda recentemente, um teste aos Kia Niro que em Portugal são utilizados como TVDE, revelou a boa condição das baterias.
Mais impressionante é o Tesla Model S que o canal de Youtube Auto Trader descobriu em Inglaterra.
Comprado há 8 anos, o táxi utilizado em transportes para aeroportos, faz várias cargas máximas da bateria por dia. Este Tesla Model S já fez 692.000 quilómetros e continua com a bateria original. O proprietário do veículo diz que perdeu cerca de 100 quilómetros de autonomia ao longo do tempo.