A Lamborghini apresta-se também a seguir o caminho da eletrificação para o seu futuro a médio prazo, com a marca italiana de superdesportivos a propor algum tipo de assistência por máquina elétrica para os seus modelos até 2024. Quanto ao seu primeiro automóvel 100% elétrico, sem apontar um ano em concreto, a companhia liderado por Stephan Winkelmann indica que chegará às estradas até ao final da presente década.
Com a indústria automóvel a passar definitivamente para o campo da eletrificação, as marcas de desportivos mais convencionais e com forte tradição nos motores de combustão começam a estabelecer igualmente os seus planos estratégicos com vista à conversão energética. Depois de a Ferrari ter anunciado que o seu primeiro desportivo 100% elétrico será lançado em 2025, chegou agora a vez de a Lamborghini anunciar a sua estratégia.
Denominado ‘Direzione Cor Tauri’, este plano pretende incrementar a preponderância dos modelos eletrificados na marca italiana, com o seu primeiro híbrido a ser lançado em 2023, num passo que será importante para reduzir as suas emissões de dióxido de carbono (CO2). Até lá, os motores de combustão interna continuarão a ser ‘reis’ na Lamborghini, com a chegada de dois novos modelos com motor V12 atmosférico no próximo ano – será o ‘adeus’ destas mecânicas, ao que tudo indica, pelo menos, em modelos de produção em série.
Em 2023 chegará o primeiro ‘full hybrid’, ou seja, um desportivo híbrido com capacidade para percorrer alguns quilómetros em modo elétrico, tirando partido da experiência acumulada, entretanto, com o Sian. No total, a marca pretende investir cerca de 1.5 mil milhões de euros no desenvolvimento de tecnologias de eletrificação, o que faz crer que os seus sistemas serão distintos dos que são atualmente usados pelo Grupo Volkswagen, do qual faz parte. Toda a gama será eletrificada a partir de 2023/2024, esperando ter uma redução de cerca de 50% das emissões de CO2 atuais.
Na segunda metade da década chegará o primeiro elétrico ‘puro’, abrindo a porta para uma nova era na marca de Sant’Agata Bolognese, numa visão que, reforça, “será orientada para uma performance fora de série, posicionando esse novo produto no topo do seu segmento”. Um ‘aviso’ para as marcas rivais, como a Ferrari e a Lotus, de que a Lamborghini não pretende abdicar do seu estatuto como uma produtora de alguns dos automóveis desportivos mais exclusivos do mundo.