Quando falta pouco menos de um mês para o tiro de partida comercial do novo EQE SUV em Portugal, a Mercedes reuniu os jornalistas para revelar os preços do quarto modelo 100% elétrico da marca – já lá vamos – e para explicar um pouco melhor as expetativas que nele deposita. Quanto brilhará esta estrela entre as várias da Mercedes? Para já, foquemo-nos nos dados técnicos e não na experiência de condução, já que a apresentação, realizada na Marina de Cascais, não incluiu teste dinâmico.
O EQE SUV é a versão SUV do recém-lançado EQE Limousine e assume-se como um dos modelos mais espaçosos da sua classe. Ainda assim, é mais compacto do que a variante Limousine, com uma distância entre eixos de 3030 milímetros, inferior em cerca de nove milímetros.
As proporções do EQE SUV combinam a função e a estética com o carácter desportivo do SUV. Dotado de um design bastante expressivo, as linhas procuram marcar “um ponto de viragem” na classe, segundo expressão da própria marca alemã. As projeções das secções dianteira e traseira e o conjunto da secção dianteira foram mantidos compactos. As rodas com jantes de 19 até 22 polegadas estão posicionadas à face da extremidade exterior da carroçaria e dão ao conjunto um ar poderoso.
O EQE SUV é baseado na plataforma elétrica de grandes dimensões da Mercedes-EQ. O interior não podia ser mais digitalizado. O MBUX Hyperscreen, disponível como opção, implementa este elevado grau de digitalização com um efeito impressionante. De resto, o interior Electric Art, de série, não integra qualquer revestimento em pele natural.
Autonomia até 590 quilómetros
O conceito modular da cadeia cinemática permite disponibilizar o EQE SUV com uma ampla gama de níveis de potência, de 215 até 300 kW. Em função do equipamento e da configuração do veículo, os veículos europeus podem alcançar autonomias WLTP de 590 quilómetros. No EQE SUV, a bateria de iões de lítio é constituída por dez módulos. Em certos casos, o inovador software de gestão da bateria, que foi desenvolvido internamente, pode ser atualizado remotamente (OTA).
As versões de equipamento variam bastante, sendo compostas pela conjugação das linhas de design Electric Art ou AMG e pelos packs de equipamento Advanced, Advanced Plus, Premium e Premium Plus, e são complementares. A disponibilidade dos mesmos depende da motorização pela qual o cliente opte.
No EQE 43 4MATIC da Mercedes‑AMG, por exemplo, a versão AMG Premium integra o equipamento de série. Os seus componentes incluem o sistema de som surround 3D Burmester, teto de abrir panorâmico e a função AMG Track Pace. Adicionalmente, este modelo já está equipado de série com eixo traseiro direcional até nove graus e sistema DIGITAL LIGHT com função de projeção.
A partir de 91 950 euros
No patamar acima está o EQE 500 4MATIC SUV. Com dois motores elétricos (um por eixo), tração integral, 300 kW (408 cv) e 858 Nm, eleva o preço base para os 103 600 euros e que garante uma autonomia de 540 km.
Nas versões AMG, a mais acessível é a EQE 43 4MATIC SUV. O preço começa nos 129.900 euros e apresenta dados técnicos dignos de um desportivo – e não necessariamente elétrico: 350 kW (476 cv) e 858 Nm e 469 km de autonomia. No topo da gama encontra-se o Mercedes-AMG EQE 53 4MATIC+ SUV, reclamando um preço base é de 144.900 euros. Oferece 460 kW (626 cv) e 950 Nm, valores que podem subir para os 505 kW (687 Ccv e 1000 Nm, com o opcional pack AMG DYNAMIC PLUS.
