A fabricante norte-americana de veículos elétricos Tesla continua a bater recordes: entregou, entre janeiro e março de 2022, 310.048 carros, o que representa um crescimento de cerca de 70% face ao período homólogo de 2021.
As coisas correm de feição para a marca de Elon Musk e há razões para acreditar que podem melhorar no próximo ano, quando finalmente ficar completo o seu programa de lançamentos. Os prometidos Tesla Roadster, Semi e Cybertruck deveriam ter chegado ao mercado antes da crise pandémica provocada pela Covid-19, mas vão continuar na “gaveta”, até 2023.
“Entraremos em produção com o Cybertruck no próximo ano, com o Roadster e com o Semi”, assegurou o fundador da marca durante a inauguração da mais recente fábrica no Texas, nos Estados Unidos, apenas algumas semanas antes de estrear a Gigafactory em Berlim, Alemanha.
Roadster com atraso de três anos
Os três modelos confirmados por Elon Musk chegam atrasados em relação aos planos inicialmente planejados. Especialmente a nova geração do Tesla Roadster, que foi apresentada como protótipo em 2017. Inicialmente, modelo desportivo seria lançado em 2020, mas problemas com a produção do Model 3 obrigaram então a marca a adiar o lançamento daquele desportivo que promete destronar os hiperdesportivos convencionais em prestações e emoções.
Depois, novo adiamento justificado com os constrangimentos contínuos causados não só pela pandemia de Covid-19, como também pela escassez de chips disponíveis, um problema que continua a afetar a indústria, mas para o qual Musk parece já ter resposta.
Tesla Cybertruck
Também confirmada em 2023, a pick-up elétrica Cybertruck é o modelo que os fãs da Tesla mais esperam, desde a sua apresentação em 2019. Nesse evento foi anunciado que a sua produção começaria no final de 2021, mas o rival Ford F-150 Lightning chegou primeiro. Na última contagem oficial, a pick-up da Tesla tinha 1,3 milhões de vendas virtualmente asseguradas, configurando um encaixe potencial de 80.000 milhões de dólares.
Entre as explicações para o sucesso da Cybertruck, além da imagem da marca e das linhas disruptivas do veículo, estão as suas características mais inovadoras. Sabe-se, por exemplo, que, na sua configuração de topo, com três motores elétricos, o Cybertruck foi anunciado com capacidade para rebocar 6 toneladas, trem traseiro direcional e uma autonomia recorde.
O terceiro modelo, o Tesla Semi, é o que mais acumula atraso (quatro anos), já que estava previsto para 2019. O camião 100% elétrico que deverá ser lançado em meados do próximo ano, sem concorrência. Na sua versão de ponta, o Semi terá uma autonomia a rondar 800 quilómetros na sua capacidade de reboque máxima, para um preço base de 180.000 dólares, enquanto a versão com menor autonomia (482 quilómetros) terá um custo de 150.000 dólares no mercado americano.
O veículo pesado da Tesla não inova apenas no tipo de propulsão sem emissões ou nas performances claramente acima da média, características como a posição de condução central vão impor-se como novas referências na categoria.
Tesla Optimus
Elon Musk confirmou no início do ano que o desenvolvimento do Tesla mais acessível (Model2) está parado, para dar prioridade ao Optimus, um robô que vai substituir os humanos em trabalhos difíceis. Chama-se Optimus, usa Inteligência Artificial para “eliminar os trabalhos perigosos, repetitivos ou aborrecidos” para humanos, incorporando muitas das tecnologias que são usadas nos carros, desde sensores, redes neurais e, claro, as baterias e sistemas elétricos. O primeiro Tesla com duas pernas para andar, apresentado pela primeira vez em agosto de 2021, vai ter um ecrã no lugar do rosto onde serão projetadas todas as informações úteis e mais revelantes. Terá a figura de um humano de estatura média, com uma altura de 1,76m e 57kg de peso, sendo capaz de transportar volumes até 20kg.
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