A Renault revelou esta terça-feira em Paris, o protótipo da próxima geração do Twingo. Tal como os seus irmãos R4 e R5, que surgirão, mantém a designação E-Tech, o que significa que será 100% elétrico e, no caso deste citadino, é a proposta de entrada de gama da marca francesa.
Texto: Bruno Contreiras Mateus
Com apresentação ao público marcada para o Salão Automóvel de Paris, de 14 a 20 de outubro, a Renault avança que o design apresentado aos jornalistas do Twingo corresponde em 90% à versão final que entrará no mercado lá para 2026, revelou Sandeep Bhambra, engenheiro da marca francesa.
Inspirado na mais icónica geração do Twingo, a primeira, com cerca de 30 anos (chegou ao mercado em 1992), o futuro E-Tech reinterpreta as suas linhas minimalistas e assumirá também cores vibrantes.
No design exterior à frente, vemos o regresso do olhos de rã, na iluminação. E atrás, as luzes mantêm linhas redondas, idênticas conjugadas com as da frente. O perfil do carro acompanha bastante o desenho da primeira geração, só que desta vez esconde portas de acesso ao banco de trás. Sandeep Bhambra não esconde que “já ninguém compra carros de três portas”, a não ser propostas desportivas, o que não é o caso.
Falando de um veiculo citadino, de entrada de gama nos elétricos, é importante para a marca garantir o melhor acesso atrás, e lugar para quatro passageiros com total conforto. É pequeno por fora (3,8 metros de comprimento), ainda que tenha crescido bastante em relação ao modelo original, e espaçoso por dentro. É isso que promete a Renault.
Em relação à versatilidade interior do primeiro Twingo, onde os bancos se adaptavam às várias necessidades de consumo, a preocupação da marca francesa é de manter esse desígnio, embora ainda não estejam em condições de assegurar que assim será na versão de produção. O teto panorâmico, como opção, acrescenta luz interior para uma utilização mais familiar.
A ideia é manter um carro ágil para circular na cidade. As proteções dos pára-choques mostram a preocupação em relação aos pequenos toques de estacionamento. Foi tudo pensado para transmitir uma certa liberdade de utilização em ambientes citadinos. Daí que este modelo deva chegar ao mercado com baterias com menos autonomia do que os irmãos mais velhos R4 e R5, que começam nos 300 km (40 kWh) — ainda que a marca afirme que é cedo para avançar com estes dados. O Twingo usará a mesma plataforma do R4 e R5, mas equipado com uma bateria menor e mais leve.
A marca anuncia que esta proposta deverá chegar ao mercado com preços perto dos 20 mil euros (não sabemos o que irá mudar em relação ao mercado português), mas o objetivo é posicionar o Twingo como um carro acessível nos modelos 100% elétricos. Assim, a marca garantirá que mais pessoas terão acesso à mobilidade elétrica, especialmente nas cidades.
“Desenvolvido pela Ampere com o objetivo de oferecer um preço de entrada inferior a 20 mil euros, a Renault compromete-se a colocar a mobilidade eléctrica ao alcance de um número cada vez maior de pessoas, tal como o faz com os outros modelos da sua gama eléctrica: Renault 5 E-Tech elétrico, Renault 4 E-Tech elétrico, Megane E-tech elétrico e Scenic E-Tech elétrico”, avança a marca em comunicado.