Desde 2010 que Müller-Ötvös é o principal responsável da Rolls-Royce, tendo liderado a companhia na sua entrada em dois dos segmentos mais relevantes da atualidade, o dos SUV, com o Cullinan, e mais recentemente, também no da eletrificação, com o Spectre. Durante o seu ‘reinado, a marca dedicou também uma atenção cada vez maior aos interesses de personalização de cada modelo a gosto dos seus clientes.
O último dia de Müller-Ötvös aos comandos da Rolls-Royce será a 30 de novembro de 2023, passando depois Chris Brownridge, atual CEO da BMW UK, a ocupar aquele cargo.
Comentando este desenvolvimento, Torsten referiu que “liderar a Rolls-Royce durante quase 14 anos foi o maior privilégio e prazer da minha vida profissional. Ter feito crescer a empresa e o seu pessoal de classe mundial até à posição em que se encontra atualmente, no auge da indústria do luxo, foi uma aventura notável”.
“Estou orgulhoso do papel que eu e a minha equipa excecional desempenhámos ao contribuir significativamente para a economia do Reino Unido e para o reconhecimento global da capacidade britânica de produzir os melhores produtos de luxo do mundo”, complementou.
Nesse processo de transformação, o grande destaque vai para a solidificação comercial de uma marca que conseguiu incrementar as suas vendas gradualmente, mesmo com dois anos e meio ‘impensáveis’ sob a forma de uma pandemia que forçou muitos mercados de luxo a fecharem. As vendas anuais aumentaram de cerca de 1000 unidades em 2009 (também um ano de crise), para mais de 6000 em 2022, com cada veículo vendido a deixar o centro de produção de Goodwood com um atributo adicional – o da personalização, área que rende também muito dinheiro a companhias dedicadas ao luxo, como é o caso da Rolls-Royce.
Em 2010, o preço médio de um Rolls-Royce era de cerca de 250.000€ e a idade média dos clientes era de 56. Atualmente, um dos valores duplicou e outro reduziu-se significativamente: o preço médio dos Rolls-Royce aumentou para cerca de 500.000€ e a idade média caiu para os 43 anos.
Quando Torsten assumiu os destinos da marca, apenas eram produzidos os Phantom e Ghost, passando depois a contar com os Wraith, Dawn e Cullinan, sendo este o primeiro modelo de estilo SUV da marca, a que se junta este ano o Spectre, primeiro de uma nova era elétrica. Recorde-se que a Rolls-Royce tem como objetivo fazer a transição para a eletrificação total em 2030.
O senhor que se segue
Chris Brownridge junta-se à Rolls-Royce a partir da sua atual função de Diretor Executivo da BMW UK, cargo que ocupa desde 2021. Comentando sua nomeação, Oliver Zipse, CEO do Grupo BMW, explicou que “Chris Brownridge é um profissional extremamente experiente com um tremendo histórico – tenho certeza de que ele aproveitará o sucesso da Rolls-Royce e guiará a marca em direção ao seu futuro totalmente elétrico”.
Com um passado de quase 30 anos dentro do grupo BMW, Chris Brownridge tem uma enorme experiência em vendas e marketing. Antes da sua atual posição de CEO, Chris foi membro do Conselho de Administração do Reino Unido em várias funções desde 2011, incluindo Diretor de Vendas da BMW UK e responsável de Marketing e Diretor Regional da MINI para o Reino Unido e Irlanda.