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SEAT revela “primeiro SUV do mundo alimentado a Gás Natural Comprimido”

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Ainda que não seja uma solução amplamente divulgada em Portugal, o Gás Natural Comprimido (GNC) é utilizada de forma recorrente em muitos outros países europeus, valendo-se de pegada ecológica mais ‘verde’ e de utilização exatamente igual à de um carro convencional a gasolina ou a gasóleo. E uma das marcas que mais tem apostado no GNC, a SEAT, prepara-se para ampliar a sua gama de propostas com a apresentação no Salão de Paris do Arona TGI.

Este será o primeiro SUV alimentado por gás natural comprimido a nível mundial, figurando como o quarto veículo da gama SEAT a receber a capacidade de utilizar um combustível mais limpo e barato, juntando-se ao Leon, Ibiza e Mii. Com mais este esforço, a marca catalã reforça o objetivo de intensificar a utilização de GNC, ajudando a baixar o CO2 e as emissões de óxidos de azoto.

Esta variante recorre ao motor 1.0 TGI de três cilindros e 12 válvulas com uma potência de 90 CV disponíveis entre as 4500 rpm e as 5800 rpm e 160Nm de binário máximo às 1900-3500rpm, surgindo acoplada a uma caixa manual de seis velocidades. A aceleração dos zero aos 100 km/h cumpre-se em 12,8 segundos e a velocidade máxima anunciada é de 172 km/h

Alterações técnicas

A variante GNC do Arona inclui os mesmos sistemas que são aplicados no 1.0 TSI a gasolina, mas integra também os componentes que lhe permitem funcionar com gás natural comprimido. Portanto, em acréscimo, o Arona TGI recebe três tanques GNC por baixo do plano de carga na bagageira, que são abastecidos por um bocal de enchimento próximo do bocal da gasolina, tubos de aço inoxidável, sensores de pressão e um regulador eletrónico que regula eficientemente a distribuição de gás ao motor TGI.

Internamente, o motor de 1.0 litro foi cuidadosamente desenvolvido para incluir pistões de cromoníquel com novos segmentos, alterados para cumprirem a sua função quando usados com gás e ainda o reforço das válvulas, da sede das válvulas, e nas cames das válvulas de admissão e de escape a superfície foi alisada para melhor resistência ao desgaste. O turbocompressor é mais leve, para que a turbina responda de forma imediata e permite que o motor entregue a sua performance de forma mais suave.

Um dos desafios do GNC é o arranque em tempo frio. Assim, embora o Arona TGI seja alimentado primariamente por gás, esta limitação é ultrapassada com o arranque a gasolina sempre que a temperatura exterior desça dos -10ᵒ C, e com o início do processo de aquecimento dos injetores de gás antes da ativação automática do circuito de GNC, logo que as condições o permitam. Além disso, para manter a sua eficiência, o Arona TGI apenas utiliza gasolina quando os depósitos GNC estiverem vazios. Os tanques têm uma capacidade acumulada de 14,3 kg, equivalendo a uma autonomia de 400 km. Com a junção ao depósito de gasolina acrescem 160 quilómetros.

De notar que o GNC é muito mais barato do que a gasolina, além de que os preços são muito mais estáveis e sem flutuações inesperadas, uma vez que não é um derivado do petróleo. Por outro lado, o GNC é muito mais eficiente do que o Diesel, a gasolina ou mesmo o GPL: a energia gerada por 1kg de GNC é equivalente à de 2 litros de GPL, 1,3 litros de Diesel ou 1,5 litros de gasolina.

De resto, o Arona TGI mantém as mesmas dimensões exteriores (4138 mm de comprimento, sendo 79 mm mais comprido do que o Ibiza e 99 mm mais alto) e interiores, embora a capacidade da bagageira esteja agora limitada a 282 litros. O lado de personalização mantém-se, bem como todos os níveis de equipamento – Reference, Style, Xcellence e FR. O Arona TGI foi idealizado, desenvolvido e será produzido na sede da SEAT em Martorell.

De acordo com Luca de Meo, presidente da SEAT, a marca “está a promover ativamente a utilização do GNC como fonte energética alternativa e sustentável”, recordando ainda uma mais-valia ecológica deste combustível por ser uma tecnologia “compatível com a utilização de biometano de qualidade assegurada, o que garante a utilização do GNC a longo prazo como uma energia de mobilidade de baixas emissões”.