O problema é que a coisa deu para o torto e uma investigação paralela veio desaguar no pobre do Iacobelli. Diz a sentença dessa investigação paralela que “a FCA tentou obter benefícios, concessões e vantagens nas negociações e administração de convénios coletivos com a UAW, num esforço para comprar a paz laboral. A UAW tentou enriquecer e viver de maneira luxuosa em lugar de trabalhar para os melhores interesses de dezenas de milhares de membros do sindicato.”
O pobre Iacobelli achou que esse enriquecimento era uma boa ideia e, vai dai, comprou um Ferrari, duas canetas de ouro Mont Blanc e mais um par ou outro de fatos Armani e sapatos italianos.
Infelizmente, para ele, claro, a marosca foi descoberta, foi julgado culpado de ter violado a lei das relações laborais e o fornecimento de uma declaração de impostos falsa. Terá pela frente oito anos de cadeia e terá de devolver 715.261 euros (853 mil dólares). Segundo o acórdão da sua sentença, Alphonso Iacobelli informou o CEO da FCA, o falecido Sergio Marchionne, de certos aspetos da negociação entre a FCA e a UAW. Dentro deste processo de compra da paz social, além de Iacobelli estão a ser investigados Jerome Durden (ex-analista financeiro), Michael Brown (funcionário da FCA), Virdel King (ex-diretor da UAW), Keith Mickens (ex-UAW) e Nacy Johnson (ex-assistente do ex-vice presidente da UAW, Norwood Jewell).