FPAK, Ni Amorim: “Tenho-me empenhado para que se faça um campeonato ibérico em 2019”

30/10/2018

O presidente da FPAK esteve em Portimão para participar numa das provas do troféu Kia Picanto GT Cup. O presidente da federação nacional explicou a sua participação na prova: “Esta oportunidade surgiu por um convite do diretor geral da Kia, Dr. João Seabra, que aceitei com o maior gosto. Já não corria há cinco anos, mas senti-me na obrigação de participar e dar o exemplo e participar numa competição em que a federação e eu próprio acreditamos. Claro que o resultado me deixa satisfeito e fico ainda mais contente por ter participado.”

Um dos assuntos que mais se falou no paddock do CPVT foi o futuro da velocidade. Para já há mais dúvidas do que certezas e quer equipas quer pilotos ainda não sabem o que irá acontecer. Ni Amorim esclareceu a vontade da FPAK: “O nacional de velocidade é um campeonato muito complicado. O último campeonato de velocidade bom já tem 10 anos, que foi o PTCC. Desde aí tem sido problemático arranjar carros para proporcionar bons espetáculos e que atraia investidores. Todas as outras modalidades estão bem e chegar a números recorde. A Federação na globalidade está bem, mas tenho de reconhecer, com pena minha, que a velocidade não pode ficar como está. Tenho-me empenhado bastante para que se faça um campeonato ibérico para o próximo ano. Já reuni quatro vezes com o presidente da federação espanhola e o plano A é juntar os sete ou oito TCR que temos cá com os 15 que estão do outro lado da fronteira e fazer duas provas lá, duas cá. Este é o cenário preferível, mas é preciso esperar pelo entendimento com a federação espanhola. O plano B passar por fazermos uma espécie de Open à imagem do CER, com mais classes, com mais vencedores às classes, um campeonato que albergue tudo, para os TCR e para outros carros. Mas para isso precisamos de 14 carros para termos alguma dignidade e chamarmos a isto um campeonato português de velocidade. Estamos à espera da resposta de Espanha para avançar.”

Quanto à situação do WRX, Amorim falou abertamente sobre a notícia negativa que surpreendeu tudo e todos na semana passada: “Foi uma péssima notícia. Já falei duas vezes com o presidente do município de Montalegre e vamos ver como nos articulamos pois há um contrato assinado com a IMG, a quem a FIA cedeu os diretos do WRX. A FPAK não é interveniente no contrato, mas estamos aqui para ver se conseguimos trazer uma competição internacional para compensar a falha do WRX e o investimento feito pelo município. Eu não vou muito na conversa oficial que Montalegre não fez as obras necessárias, que são relativamente pequenas em relação ao resto do investimento feito. Quando me dizem que a prova vai sair de Montalegre e vai para Abu Dhabi… cada um que tire as ilações, que entender. Neste momento estamos a pensar em qualquer coisa para 2019, para que em 2020 possamos receber um certame internacional, mas neste momento está tudo no campo das hipóteses e não há qualquer negociação. Tenho pena que não tenha sido respeitado um acordo e o esforço que Montalegre fez e claro que este assunto irá para tribunal. “
O presidente da FPAK está assim empenhado para resolver estes dossiers mais complicados e continuar com o momento positivo que se sente nas outras modalidades sob a alçada da federação.