Desligar o carro na ‘espera’: esta é uma ação muito comum… não se ver fazer. É frequente vermos pessoas com o carro encostado junto da estrada porque esperam alguém que está mesmo a vir e como está ‘quase a aparecer’ nem vale a pena desligar o carro. Porém, esse alguém muitas vezes demora 5/10 minutos e o carro mantém-se a trabalhar. Obviamente que os gastos não são os mesmos que em marcha, mas esta ação feita por princípio, ao fim de um ano, por exemplo, reflete-se naturalmente em consumos feitos desnecessariamente. Neste capítulo, não é por acaso que os carros cada vez mais vêm equipados com o sistema Start&Stop.
Trânsito: na sequência do ponto anterior, muitos de nós já ficaram decerto retidos no trânsito. Mas não falamos aqui de pára-arranca, referimo-nos àquele trânsito em que ficamos retidos em longas filas sem sair do mesmo sítio. Permanecer com o carro a trabalhar, não irá trazer qualquer benefício e influi nos consumos. Como no ponto anterior, também o sistema Start&Stop é aqui um bom amigo, mas nem todos os carros o têm, por isso há que ‘acioná-lo manualmente’.
Trajeto: pode ser algo que façamos, na maioria dos casos, de forma irrefletida, por ser o mais perto ou o mais rápido. Mas pode nem sempre ser o melhor. Se sabemos que há algum trânsito ou que este se encontra condicionado por um acidente ou obras na via, devemos ver alternativas que, apesar de poderem ser um pouco mais distantes, permitam o veículo circular sem obstáculos, evitando o pára-arranca ou circular a baixas velocidades, que impliquem constantes passagens de caixa, que se refletem no consumo.
Informações de Trânsito: à semelhança do ponto anterior é uma poupança de ‘estratégia’. Se temos que sair de casa, ter atenção aos percursos que têm trânsito e às alternativas, para evitarmos ficarmos retidos, com os dispêndios de combustível que daí advêm, é sempre uma boa ajuda, de tempo e dinheiro.
Passagens de Caixa: pode ser prazeroso sentirmos as rotações e o barulho do motor a subir de tom antes da cada troca de cada relação, mas na maioria dos casos, à exceção, por exemplo, de uma ultrapassagem, não precisamos dessa performance. Fazer as passagens de caixa na rotação certa, sem esforço, reduz o consumo de combustível.
Peso: por vezes esquecemo-nos de tirar determinados sacos ou objetos do carro, ou pensamos, “agora podem ficar aqui, tiram-se depois”, mas tudo isso se traduz em peso excessivo e desnecessário. Evitar andar com carga excessiva no carro é uma boa forma de poupar combustível.
Resistência ao vento: o ideal é não circular desnecessariamente com quaisquer objetos que possam causar resistência ao vento. Por exemplo, malas de viagem ou barras de tejadilho. Este último caso é muito frequente, e se há quem as tenha porque delas faz uso frequente, também há casos em que o seu uso é esporádico e por isso é preferível colocá-las só quando necessário.
Pressão dos Pneus: ter a pressão correta ajuda também em matéria de consumos, com o carro rolar muito melhor em estrada.
Estamos em pleno verão e o número de carros em circulação tende naturalmente a aumentar, fruto do bom tempo, que estimula as saídas, e das deslocações de férias, que inegavelmente são maiores nesta época do ano.
Porém, não nos deslocamos de automóvel só no verão, fazêmo-lo todo o ano, e alguns diariamente, por isso é sempre bom ter em conta alguns detalhes que, sem custos a adotar, nos podem fazer poupar combustível também nas demais estações. Cada um deles pode parecer apenas um pormenor, mas somados todos os pormenores ao longo de um ano, no final haverá diferenças.
André Duarte/Autosport
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