Especiais de homologação: BMW M1

17/02/2021

A BMW tem uma história muito vasta no mundo da competição. Esta inclui vitórias em eventos bastante diversos, desde o Rally Dakar a Mille Miglia, bem como a produção do motor mais potente que já passou pela Fórmula 1, para não falar do recorde da marca em automóveis de turismo.

E no início, em 1972, bem antes da alteração do nome para BMW M, a BMW Motorsport começou a transformar alguns dos seus automóveis de competição em modelos de produção, mas até à data nenhum foi tão ambicioso ou único como o BMW M1.

Entusiasmados com o sucesso do CSL e do E21 Série 3 no programa de corridas na Europa e nos E.U.A nos anos 70, o director da BMW Motorsport, Jochen Neerspasch, decidiu abordar de forma diferente e mais directa o próximo automóvel que iria usar as riscas tricolor da marca. Em vez de usar um modelo de estrada já existente como base para a versão de corrida, o M1 foi desenhado em primeiro para as pistas. Este era distinto de tudo o que a BMW já havia construído, e de modo a conseguir isto, os bávaros uniram-se aos italianos para explorar a sua experiência com supercarros de motor central. A BMW uniu-se à Lamborghini para a produção dos automóveis, com Gian Paolo Dallara a desenhar o chassis e Giorgetto Giugiaro responsável pela carroçaria.

Em retrospectiva, esta equipa produziu um automóvel fantástico, mas os atrasos e complicações com a produção do M1 na altura arruinaram as suas hipóteses de alcançar qualquer potencial que este pudesse contra os carros de corrida dos Grupos 4 e 5, como os Porsche, Ferrari, Lancia Chevrolet e os restantes que acabaram por definir a série no final da década de 70 e início da de 80. Neerpasch salvou a reputação do modelo nas provas com o BMW M1 ProCar, mas independentemente do que aconteceu nas pistas, a sua versão de estrada e muito especial de conduzir.