Apesar do seu design se assemelhar muito aos automóveis em geral da época, esta era uma verdadeira autocaravana no sentido da palavra, pois tinha casa de banho incorporada, desenvolvida para as viagens de longas distâncias, numa altura em que não havia autoestradas. Com o aparecimento da Gypsy Van da família Conklin em 1915, o conceito ganhou mais notoriedade. A procura por este tipo de veículos foi crescendo nas décadas de 20 e 30, aumentando ainda mais após o final da Segunda Guerra Mundial.
Presente neste artigo está uma autocaravana de 1914 que se pensa que seja a mais antiga sobrevivente deste segmento automóvel. Foi construída pouco antes da Primeira Guerra Mundial, sob o chassis de um Ford Model T, para uma família britânica, conhecida por Bentall Cla e terá sido produzido num único exemplar.
As alterações no chassis foram efectuadas pela Baico, enquanto a construção da autocaravana em si ficou a cargo da Dunton of Reading, uma famosa empresa da época que construída veículos idênticos, mas locomovidos a força animal. O condutor fica sentado num verdadeiro sofá de pele, que pode ser rodado 180 graus de modo a servir mesmo de sofá.
O motor é o mesmo do Model T original, um quatro cilindros em linha com 2,9 litros de cilindrada, produzindo 20cv, fazendo com que seja possível atingir os 72km/h, isto no automóvel de fábrica.
A história desta autocaravana foi perdida na história, mas sabe-se que foi descoberta nos anos 70 por Leo Smith, que a restaurou com a ajuda do seu amigo Robin Tanner. Ao longo dos anos participou em vários eventos históricos, como o London-Brighton Run.Agora, vai a leilão no próximo dia 10 de Junho, através de um evento levado a cabo pela Bonhams no National Motor Museum, com um valor de venda estimado situado entre os 23 e os 35 mil euros.
