Vários foram os motores que equiparam os vários Aerocar. O Aerocar I tem um motor Lycoming 0-320 que debita 143 cv, que faz mover as rodas da frente, já que as de trás serviam para aterrar o veículo e não poderiam ter tracção, enquanto na traseira tem uma hélice com duas pás movidas por um motor Hartzell HA12 UF. As asas podem ser montadas e desmontadas da sua posição rodando para trás, através de um pivot, sendo bastante leve de manobrar. Apesar do aspecto frágil, o Aerocar era um avião bastante robusto para os padrões da época.
Infelizmente, o Aerocar nunca chegou à produção em massa, apesar de estar perto disso acontecer. Taylor conseguiu um acordo com a Ling-Temco-Vought, para a produção do veículo, mas tinha de atingir as 500 pré-encomendas. Apesar dos esforços, somente metade foram atingidas e, desse modo, a produção não arrancou.
Um dos Aerocar mais famosos é sem dúvida o N103D, que transportou Raúl Castro em Cuba, mas nos anos 60 foi utilizado pela rádio KISN, de Portland, Oregon, para visualizar o trânsito. Após muitas horas de uso, a sua resistência foi provada, quando a piloto Ruth Wikander o conseguiu aterrar durante a Tempestade do Dia de Colombo, em 1962, com ventos de mais de 100 km/h.
Este Aerocar é o N101D, um dos apenas cinco ou seis exemplares construídos e está totalmente funcional, podendo voar e andar na estrada. No entanto, para o poder conduzir, é necessária carta de condução e licença para voar, assim como ser detentor de seguro automóvel e de avião, além de que necessita de matrícula de veículo de estrada e outra de avião.
Foi construído em 1954 e foi sempre mantido em condições para voar. Neste momento está em exposição no Golden Wings Flying Museum, no Aeroporto de Anoka County-Blaine, em Minneapolis. Foi este o Aerocar que Jake Schultz utilizou para o seu livro “A Drive In The Clouds”. Está à venda através da Platinum Fighter Sales, por um preço de 895 mil dólares.
