Apresentado em 1936 no famoso salão de Paris, o 540K sucedia ao 500K, mantendo o mesmo nível de excelência e exclusividade que a marca germânica se pautava. Tendo em conta que possuir um automóvel na altura era um feito considerável, o 540K representava em todos os aspectos da sua concepção, uma imponência descomunal.
O motor deste magnifico automóvel somava cerca de cinco litros e meio, contanto com 115 cavalos. No entanto, este motor vinha equipado com um Kompressor , do tipo Roots, que quanto entrava em funcionamento, elevava a potencia para uns estonteantes 180 cavalos! A velocidade máxima andava perto dos 170 km/h, fazendo dele o carro mais veloz da época.
Aos olhos de hoje, não ficamos impressionados com estes valores, mas há muito mais neste clássico que é digno de espanto. O preço é o maior exemplo da exclusividade do modelo, visto que os vinte e oito mil marcos representavam o equivalente a 144 meses de trabalho de um chefe numa fábrica, da Alemanha dos anos trinta.
O design foi fruto de Friedrich Geiger, o mesmo desenhador do mítico 300SL Gullwing , lembrado por muitos pelas asas de gaivota. Escusado será dizer que o 540K é um dos automóveis mais bonitos de sempre! Mas vejam por vós mesmos.
Na mesma altura em que a Alemanha dominava os ares com os seus dirigíveis de luxo, de igual modo espantava o mundo com a qualidade e exclusividade da sua performance e grande estilo automóvel. Esta foto, datada de 1936, é exemplo disso mesmo, onde dois gigantes posam para a posteridade, e com grande estilo tenho de admitir.
Este automóvel foi bastante popular entre membros da elite nazi, sendo o mais famoso deles, Hermann Göring, cujo excentricidade o levou a baptizar o automóvel como Blaue Gans ou ganço azul, em alusão à pintura azul celestial do automóvel.
Edgar Freitas / Jornal dos Clássicos