Os oito Alfa Romeo clássicos que caíram no esquecimento

30/10/2019

A Alfa Romeo é uma marca cheia de história e glamour. Um clássico da marca de Milão é sempre bem-visto quando passa na rua ou participa em eventos de clássicos, no entanto, existem aqueles modelos que parecem que simplesmente desapareceram do radar. Seguem-se oito exemplos de modelos da Alfa Romeo, algo esquecidos.

T10 (1954)

Com o final de Segunda Guerra Mundial, a produção de veículos comerciais atingiu o seu auge e nem mesmo a Alfa Romeo escapou, lançando a T10, também conhecida por Alfa Romeo Romeo, que ficou apelidada como a Pão-de-Forma italiana. Podia vir equipada com duas motorizações, um motor 1.3 litros de dupla árvore de cames à cabeça a gasolina com 35 cv ou o estranho motor diesel de dois cilindros e com compressor volumétrico com 30 cv.

2000 Berlina (1957)

Este automóvel é bastante raro, mesmo na época em que foi lançado, tendo sido produzidos somente 2804 exemplares, muito menos que os concorrentes de outras marcas de luxo. Foi um automóvel que, apesar de ser muito bem construído, não foi bem-sucedido nas vendas. Está equipado com um motor de quatro cilindros em linha de 2 litros e dupla árvore de cames à cabeça, com 108 cv, que foi também utilizado pelo 2000 Sprint e Spider e caixa de cinco velocidades, dos primeiros automóveis a utilizá-la. O maior factor de insucesso foi a sua mecânica, que apesar de ser robusta, era inferior à concorrência.

2600 Berlina (1962)

O Alfa Romeo 2600 Berlina foi o sucessor do 2000 Berlina, trazendo um motor maior e com mais cilindrada, de seis cilindros em linha e 2.6 litros, debitando agora 132 cv. Apesar de tudo, mais uma vez, não foi bem aceite pelos compradores e somente 2051 exemplares foram construídos. Surpreendentemente as versões 2600 Spider e Sprint venderam melhor que a Berlina.

FNM 2300 (1973)

Este automóvel é uma versão maior do Alfetta produzido na fábrica do Rio de Janeiro pela FNM. A plataforma base é do Alfa Romeo 1900 dos anos 50, com o motor de quatro cilindros, dupla árvore de cames e 2.3 litros a debitar 140 cv. Devido ao aumento de automóveis movidos a etanol, o 2300 vendeu muito pouco e alguns foram exportados para a Europa, mas mesmo aí não cumpriam com os requisitos ao nível da qualidade de construção e pouco venderam também.

Alfasud Sprint (1976)

O Alfasud foi um modelo de sucesso da Alfa Romeo e, na época, era o melhor de tracção frontal do mercado. A Alfa Romeo levou a fórmula mais longe e lançou o Coupé Alfasud Sprint, desenhado por Giorgetto Giugiaro, e equipado com motores boxer de quatro cilindros, inicialmente de 1.3 e 1.5 litros de 76, 79 e 84 cv. Apesar do enorme sucesso, com 121.434 exemplares construídos, hoje em dia é bastante raro.

Alfa 6 (1979)

O Alfa 6 era o topo de gama da marca nos anos 80 e foi o primeiro modelo onde o motor Busso V6 foi aplicado, aqui com 2.5 litros de cilindrada e produzindo 158 cv. Nunca conseguiu vender em números satisfatórios, muito por culpa dos elevados consumos, apesar de ser um automóvel espectacular e chegou a ser, ainda que por breves instantes, a berlina italiana mais rápida de sempre.

Giulietta 116 (1981)

O Giulietta da geração 116 tinha todos os ingredientes para ser um sucesso, um excelente chassis, tracção traseira, o design diferente e uma grande variedade de motores de quatro cilindros e dupla árvore de cames. Foi o sucessor do famoso Giulia Berlina, mas o sucesso não foi transmitido a este modelo, muito devido à falta de qualidade do aço utilizado para a sua construção. A cereja no topo do bolo era o Giulietta Turbodelta com 168 cv.

33 Quadrifoglio Verde (1986)

Apesar do facto da Alfa Romeo produzir 33 de injecção, a versão 1.7 Quadrifoglio Verde ainda utilizava carburador duplo, debitando 114 cv. Ajudado pelo facto de competir com o Golf GTI e 205 GTI, ambos já de injecção, este modelo ficou marcado logo à nascença, apesar da sua excelente construção e condução.