Nem todos os automóveis desenhados, fabricados e comercializados para o público são considerados vencedores. Apesar de serem projectos fracos com uma engenharia pobre, a história do automóvel é construída com vários destes exemplares, que vão surgindo ao longo dos anos. Muitos deles são agora pouco populares ou caíram mesmo no esquecimento da memória colectiva do público. Aqui estão 25 dos piores automóveis já fabricados na história!

25. Bricklin SV1

O Bricklin SV1, que teve 1975 como ano de estreia, é como um má versão do DeLorean DMC-12, mas sem um bom filme como o “Back to the Future” para resgatar a sua reputação. Desenhado como um “automóvel do futuro” pelo empresário Malcolm Bricklin, a característica mais distintiva do SV1s era as portas de gullwing de 100 libras, semelhantes às apresentadas no DeLorean. Contudo, a segurança não parecia fazer parte do corpo deste veículo, que era feito inteiramente de plástico. Outra característica de segurança incluía o pára-choques compressível e a remoção do isqueiro e cinzeiro do interior do automóvel. Infelizmente, este automóvel provou ser extremamente pesado e esse mesmo peso limitou o desempenho do motor V8. Foram produzidos menos de 3.000 exemplares do Bricklin SV1, e até aos dias de hoje continua a despertar a curiosidade entre alguns coleccionadores.

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24. Trabant

O Lada é o automóvel mais frequentemente associado à Rússia dos anos 70 e 80, por ter sido o automóvel mais conduzido pelos camaradas durante o regime comunista na Europa Oriental. E muitos especialistas de automóveis afirmam que foi justamente o Trabant que deu ao comunismo uma má reputação por todo o hemisfério ocidental. Alimentado por um motor fraco de dois tempos, que atingia o máximo de 18 cavalos, o Trabant era um automóvel construído inteiramente por materiais reciclados. O corpo foi produzido com fibra de vidro reciclada. Desenhado na década de 50, o Trabant foi uma resposta do governo da época ao Volkswagen Beetle do outro lado do Muro de Berlim. Era conhecido em toda a Europa Oriental como um “automóvel do povo”. Infelizmente, os Trabants produziam bastante fumo. Para além de tudo isto, este automóvel não tinha luzes de freio ou piscas. Existem fotografias e filmagens de arquivo com milhares de alemães orientais a conduzir os seus Trabants através da fronteira em 1989, quando o muro de Berlim caiu. A maioria desses automóveis foram rapidamente abandonados pelos seus proprietários quando chegaram à Alemanha Ocidental… provavelmente para serem trocados por um Volkswagen!

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23. O Chevy Chevette

O Chevette Chevette surgiu em 1976 e foi rapidamente criticado por qualquer pessoa com bom gosto. Projectado como um hatchback com um ‘focinho’, o Chevette é amplamente visto como um dos automóveis mais desajustados e feios de sempre. Enquanto alguns outros erros automobilísticos, como o Pacer e o Yugo, realmente têm clubes de fãs dedicados a eles, o Chevette é considerado pela maioria das pessoas como um automóvel que é melhor deixar cair no esquecimento. Um hatchback de três portas que nunca conquistou completamente o público, o Chevette teve um motor de 51 cavalos e uma transmissão manual de quatro velocidades, e não teve muito mais. O motor era alto e fino, e parecia sempre que estava prestes a dar o último suspiro. Enquanto o Chevette pode ainda ser lembrado com carinho por algumas pessoas que o conduziram para a faculdade no final dos anos 70 e início dos anos 80, a maioria das pessoas lembram-se deste automóvel por passar mais tempo na oficina do que na estrada…

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22. Plymouth Prowler

Houve alguns grandes ‘hot rods’ e ‘speedsters’ ao longo dos tempos, mas seguramente que o Plymouth Prowler, lançado em 1997, não é um deles. Em meados da década de 90, designers de automóveis por todo o mundo tinham acesso a novas poderosas ferramentas de computador que lhes permitiam projectar novos automóveis de forma mais rápida e fácil, utilizando apenas o rato. A partir deste avanço tecnológico no campo do design surgiu o Prowler, um híbrido retro-roadster/speedster que deveria parecer futurista, com uma parte da frente open-wheel e uma hot rod de baixa inclinação. Este projecto pode ter ficado fantástico nos ecrãs dos antigos computadores, mas não ao vivo. Resultou num carro que parecia estranho e que acabou por decepcionar todos os que o conduziram.

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21. Pontiac Aztek

O Pontiac Aztek foi tão mal projectado que, quando foi revelado no Detroit Auto Show 2001, a multidão presente mostrou-se insatisfeita. Fabricado para ser um híbrido/SUV, o Aztek teve a proeza de não conseguir ser nenhum deles, transformando-se numa grande desilusão em todas as formas possíveis. Considerado pela General Motors como um dos maiores erros da empresa, o Aztek foi ajustado e modificado tantas vezes antes de ser lançado que, o que era originalmente uma mistura com boa aparência, acabou por resultar num automóvel confuso, volumoso e de plástico.

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20. King Midget Model III

O nome deste automóvel já anunciava que algo de mau estava para acontecer. Lançado em 1957, este automóvel de aspecto estranho foi projectado por Claud Dry e Dale Orcutt, dois amigos de Atenas, Ohio, que tiveram uma ideia para a criação de um veículo utilitário que qualquer um pudesse comprar. Assim, viram o King Midget como uma alternativa para os automóveis cada vez mais sofisticados e caros que estavam a surgir no final dos anos 50. Os designers compararam o King Midget com um Modelo T actualizado ou uma versão americana do Lada Russo. As versões do Midget chegaram mesmo a ser vendidas como um kit caseiro por 500 dólares. Exactamente, por apenas 500 dólares o automóvel era enviado às pessoas em peças para que elas o pudessem montar. As peças enviadas incluíram o quadro, eixos e painéis de chapa metálica. A boa notícia é que qualquer motor de cilindro único, vendido separadamente, alimentaria o automóvel. O resultado final era basicamente como um daqueles automóveis de brincar que as pessoas compram às crianças. Curiosamente, a empresa Midget Motors sobreviveu no mercado e continuou a desenvolver mini-carros baratos até o final dos anos 60. O King Midget Modelo III foi o automóvel mais popular da empresa até à mudança dos padrões de segurança do governo, no final dos anos 60, que proibiram a sua circulação nas estradas.

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19. Zundapp Janus

Sabemos que a Alemanha produziu grande parte dos automóveis com a engenharia de sucesso, mas também produziu alguns péssimos durante as últimas décadas. Entre eles, podemos falar do verdadeiro pesadelo que foi o Zundapp Janus, construído em 1958. Produzido em Nuremberg, na Alemanha, este carro minúsculo e muito estranho baseou-se num protótipo do Dornier e era alimentado por um motor de 250 cc, com 14 cavalos de potência, semelhante aos encontrados em pequenas motocicletas. Este carro tinha uma velocidade máxima de apenas 50 milhas por hora! A sua característica única, e a mais amplamente comercializada pelo fabricante, era o assento de banco virado para trás, o que significava que os passageiros podiam ver as expressões de frustração dos condutores que vinham nos automóveis atrás, que garantidamente lamentavam a lentidão do Zundapp Janus.

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18. The Corvair

Os automóveis com motores traseiros são óptimos… até que tenha que conduzi-los! Muitos dos fabricantes de automóveis têm experimentado veículos que partilham a mala e o motor, mas esses automóveis nunca têm muito sucesso por uma razão principal: colocar o componente mais pesado do veículo por trás do eixo traseiro tende a fazer com que os automóveis girem em círculos. Durante a Segunda Guerra Mundial, os oficiais nazis aquando da ocupação da Checoslováquia foram proibidos de conduzir o Tatra com um rápido motor traseiro, por ter provocado demasiadas mortes. Mas isso não foi um impedimento para a Chevrolet, que lançou em 1961 o Corvair, Os engenheiros da marca se certificaram-se de incluir um sistema de refrigeração de ar, motor flat-six na parte de trás do Corvair (semelhante ao design do motor do Volkswagen Beetle), mas negligenciaram a parte de gastar o dinheiro necessário para fazer a suspensão traseira do eixo rotativo, que tornaria o carro mais controlável. Outro dos problemas do Corvair era o facto de deixar escapar óleo, do seu sistema de aquecimento libertar gases nocivos e de ter um interior bastante desconfortável.

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17. Chrysler Imperial LeBaron

Há outros automóveis nesta lista que podem ser considerados de ‘barcos’, mas nenhum deles é maior do que o Chrysler Imperial LeBaron. Este automóvel, lançado em 1971, era o Moby Dick dos carros-barco e estabeleceu o padrão para os automóveis realmente longos da década de 70. O Imperial LeBaron aparece no pior da história automobilística por ser um dos automóveis mais longos já feitos – medindo quase cerca de 6.10 metros de comprimento! Para além disso, ostentava o pára-lamas mais longo de sempre. Alimentado pelo enorme motor V8 de 440 polegadas cúbicas da Chrysler, este era um automóvel de duas portas. Sim, mais de 6 metros de comprimento para ter apenas duas portas! O interior era também terrível e foi efectivamente concebido para lembrar as pessoas do interior de um casino. A Chrysler continuou a fazer versões do humongous Imperial até 1983, quando o modelo foi finalmente cancelado.

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16. Crosley Hotshot

Produzido em 1949, o Crosley Hotshot foi classificado como o primeiro desportivo americano do pós-guerra. Os americanos rapidamente perceberam que poderiam fazer melhor. O Crosley Hotshot provou ser um ‘pedaço de lixo’. Pesava 500 kg, era lento e perigoso. Na verdade, este automóvel esteve em destaque no clássico filme pedagógico “Mechanized Death”, de 1961, exibido nas escolas por todo o mundo durante esse período de tempo. Infelizmente, tanto o Hotshot e como a empresa que o produziu cessaram as suas actividades em 1952. Hoje os historiadores afirmam que o que condenou o Hotshot foi o motor, um dual-overhead cam. 75 litros de quatro cilindros, que permitiu que as pessoas só conduzissem a cerca de 50 milhas por hora.

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15. Waterman Aerobile

Sempre que uma empresa se propõe a desenhar e construir um “automóvel do futuro”, geralmente é sinónimo de problemas. Como foi justamente o caso do Waterman Aerobile (ou por vezes denominado de Arrowbile), um futurista automóvel/helicóptero/avião que parecia completamente diferente e não servia os propósitos práticos. Em 1934, Waldo Waterman pôs a voar o seu primeiro protótipo bem sucedido, o “Arrowplane”, um monoplano de asa alta que tinha rodas de ‘triciclo’ anexadas. No chão, as asas dobravam-se contra a fuselagem, como as de uma mosca. Os historiadores acreditam que o Arrowplane foi o primeiro automóvel voador. Mais de duas décadas depois, Waldo Waterman afirmou ter aperfeiçoado a sua invenção, que então rotulou de “Aerobile”. Foi configurado como um automóvel com o motor sustentado na parte de trás. Felizmente, os consumidores tiveram a noção suficiente para não encomendar um Aerobile, e o Waldo Waterman acabou por ficar no Museu Smithsonian em Washington D.C., onde ainda hoje pode ser visitado.

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14. Overland OctoAuto

As experiências marcaram os primeiros anos da indústria automobilística. E isso, aparentemente, estendeu-se a quantos pneus um automóvel poderia ter. Enquanto as quatro rodas rapidamente se tornaram a norma para os automóveis fabricados no início do século 20, algumas pessoas resolveram mexer com o design dos automóveis. Uma delas foi o engenheiro Milton Reeves, que pensou que seis ou oito rodas poderiam fornecer uma condução mais suave do que as típicas quatro rodas. Soldou algumas peças para o Overland de 1910 e, acrescentando dois eixos adicionais e mais quatro rodas, Milton Reeves criou o “OctoAuto”, que exibiu orgulhosamente pela primeira vez na corrida de Indianapolis 500. Claro que o automóvel provou ser um monstro com mais de 6 metros de comprimento. Milton Reeves recebeu precisamente zero pedidos para a sua invenção, tornando o OctoAuto um dos maiores erros da história. Como todos os bons inventores, porém, Milton Reeves não desanimou. Um ano depois, em 1911, voltou a sair com o “Sextauto”, que apresentava seis rodas. Este automóvel foi proibido porque o seu nome incluía a palavra “sexo”. Contudo, nem tudo o que Milton Reeves inventou foi necessariamente mau: o silenciador do automóvel também foi uma invenção dele.

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13. Briggs and Stratton Flyer

O Briggs e Stratton Flyer, produzido em 1920, é ridiculamente simples e incrivelmente perigoso nos dias de hoje. É exactamente o oposto dos imponentes Rolls-Royce e Cadillacs, que trouxeram a raiva dos rugidos dos motores nos anos 20. O Flyers Briggs e Stratton, que é pouco mais do que uma tábua de madeira motorizada em rodas de bicicleta, não continha suspensão, nem carroçaria, nem pára-brisas, nem cobertura. Todo o caminho era feito ao ar livre. Era também um veículo de cinco rodas, com um motor de dois cavalos de potência que dirigia uma roda de tração na parte de trás, semelhante ao motor de um barco. O Flyer foi uma tentativa de fazer o mais barato, num automóvel o mais básico possível. E realmente conseguiram!

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12. EV1

Podemos dizer que o EV1 estava à frente do seu tempo, mas isso não obscurece o facto da General Motors ter cometido um grande erro de cálculo quando produziu este automóvel eléctrico, em 1997. A propaganda inicial anunciava que o EV1 da GM era o melhor veículo eléctrico que já alguém tinha visto, e que estava prestes a transformar a indústria automobilística como a conhecemos. Construído para cumprir a lei da Califórnia referente aos veículos com zero emissões, o EV1 prometia ser divertido de conduzir, de confiança e amigo do meio ambiente. Contudo, o automóvel não correspondeu às expectativas. A tecnologia das baterias na época estava longe de estar pronta para competir contra o motor tradicional. A bateria do EV1 não poderia fornecer a gama ou durabilidade necessária para o automóvel. Além disso, o EV1 era bastante caro de construir e de comprar, o que constituiu um entrave aos consumidores e levou a GM a cancelar a sua produção. Ironicamente, a General Motors, a empresa que mais tinha feito em termos de avanços tecnológicos de veículos eléctricos em relação aos outros fabricante de automóveis, tornou-se conhecida, por um tempo, como a empresa que “matou” o automóvel eléctrico.

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11. Amphicar

O Amphicar nunca deixa de surpreender pela inovação e pelas suas multi-facetas. Ainda assim, é difícil compreender realmente o fascínio em ter um automóvel que possa, ao mesmo tempo, ser um barco. O conceito de veículo anfíbio veio da Alemanha. A VW realizou o projecto do “Schwimmwagen” nos anos 40, um protótipo futurista de um automóvel que poderia também andar na água. Na década de 60, a concepção de um veículo anfíbio era a obsessão entre os engenheiros, como uma espécie do homem pisar a lua. Acontece que o Amphicar resultou num péssimo automóvel e num péssimo barco. Com uma velocidade máxima em água de apenas sete quilómetros por hora, os críticos alegaram que podiam nadar mais rápido do que este barco. Além disso, o Amphicar não era realmente impermeável e a qualquer momento podia afundar. No entanto, apesar dessas grandes lacunas no projecto, foram construídos quase 4000 desses automóveis entre 1961 e 1968.

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10. Lincoln Continental Mark IV

Quando se fala sobre os automóveis da década de 70 que funcionavam também como barcos, imediatamente surge à memória o Lincoln Continental Mark IV. E ainda podemos encontrar estes automóveis em filmes da época. Longo, lento e nada prático, este automóvel era realmente considerado luxuoso nos anos 70. O Lincoln Continental Mark IVs também era conhecido por ter problemas mecânicos frequentes e por ter um elevado consumo de gasolina. Ao longo do tempo, o automóvel ganhou o apelido de ‘hunk of junk’ (pedaço de lixo) pelo público e imprensa. Imagine como seria estacionar este veículo…

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9. Reliant Robin

Vamos supor que, em algum momento da história, uma empresa em qualquer local do mundo pensou em projectar um automóvel com apenas 3 rodas. Isso aconteceu e foi a Reliant Motor Company,na Inglaterra, que esteve na linha da frente ao revelar o seu Robin de três rodas em 1973. Apesar de nunca ter alcançado o sucesso desejado, a Reliant continuou a produzir as variações deste Robin de três rodas durante 30 anos, até 2003! Este facto tem uma explicação: o automóvel usufruiu de um culto por parte de alguns aficionados britânicos que estavam dispostos a olhar para além da instabilidade do automóvel. Com apenas uma roda na frente, o automóvel literalmente capotava quando andava a mais de 25 milhas por hora ou quando realiza um ângulo de 45 graus. Muitos condutores podiam ser encontrados nas bermas das estradas inglesas a empurrar o automóvel para a posição correcta. O Reliant Robin foi inovador em outros aspectos: foi o primeiro automóvel com o corpo feito completamente com fibra de vidro.

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8. PT Cruiser Descapotável

O PT Cruiser nunca teve o sucesso que a Chrysler esperava. Até ganhou o apelido de “PT Loser”, o que se deve, em grande parte, ao facto de este automóvel parecer muito grande e quadrado. PT significa ‘personal transport’ (transporte pessoal), um nome bastante brando. No entanto, a única coisa que as pessoas que odiavam este veículo detestavam mais do que o modelo original do PT Cruiser era justamente a versão conversível do carro. Na última tentativa de tornar este automóvel mais apelativo e atraente antes de interromper definitivamente a produção do PT Cruiser, em 2010, a Chrysler lançou em 2005 um modelo conversível. E foi imediatamente rejeitado tanto pelos críticos como pelo público em geral. Parece basicamente um PT Cruiser com o tejadilho cortado. Este é um exemplo onde a falha do projecto condicionou todos os outros aspectos do automóvel. Nada bom, Chrysler!

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7. Chrysler K-Car

Outro erro da Chrysler é o K-Car, mais especificamente o Plymouth Reliant e o Dodge Aries. Estes automóveis tornaram-se sinónimo do termo “barato” e ajudaram a consolidar a má reputação da Chrysler na década de 80. Concebido por Lee Iacocca, foi uma maneira económica de chegar ao mercado das massas. O público ajudou a relançar as fortunas da Chrysler e os K-C tivearsram um grande sucesso nesse aspecto. Foram vendidas mais de um milhão de unidades de cada modelo no primeiro ano de produção. A revista Motor Trend chegou mesmo a nomear o K-Car como o Automóvel do Ano em 1981. Ainda assim, o K-Car foi apelidado de ‘Poor Man’s Car’ (automóvel dos pobres) e ganhou a reputação de ter uma série de problemas – desde puxadores que literalmente caíam até às transmissões defeituosas e carroçaria enferrujada. Um automóvel barato feito de materiais baratos, o K-Car tornou-se parte da nostalgia dos anos 80, por todas as razões erradas.

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6. BMW X6

A BMW tem cometido alguns erros ao longo dos anos. Um dos maiores da fabricante de automóveis alemã foi com o seu modelo X6. O problema com este automóvel é que as pessoas não têm bem a certeza do que fazer com ele. É um veículo utilitário desportivo, um automóvel de luxo, ou algum tipo de híbrido estranho? Ninguém tem a certeza. Na difusão deste veículo no mercado, a BMW tentou introduzir uma nova classe, o chamando o X6, um “veículo da actividade desportiva” ou uma espécie de SAV. Os executivos da BMW alegaram que este automóvel foi concebido para conduzir como um sedan. Infelizmente, o X6 e os SAVs no geral nunca agradaram muito aos consumidores. A segunda geração deste automóvel, lançada em 2014 no Paris Auto Show , parecia muito mais um SUV tradicional ou um veículo utilitário desportivo.

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5. DeLorean DMC-12

O DeLorean DMC-12 estará para sempre associado ao conceituado filme “Back to the Future”, e lembrado com carinho como a máquina do tempo usada pelo personagem principal, Marty McFly (Michael J. Fox), para viajar no tempo. No entanto, o que os espectadores se devem ter esquecido rapidamente é que o DeLorean DMC-12 foi usado como uma piada no filme. Só em ver o DeLorean nos grandes ecrãs já é deveras cómico devido à história infame do automóvel. O modelo DMC-12 foi o único automóvel produzido pela Delorean Motor Company, que começou a actividade em 1975 mas que entrou em falência e cessou as operações em 1982. Fundada pelo excêntrico executivo John DeLorean, este projecto revelou-se um enorme fracasso devido ao seu exterior em aço inoxidável e portas de ‘asa de gaivota’. Apresentava também um motor muito fraco que levava mais de 10 segundos para ir de 0-60 milhas por hora. O automóvel foi criticado pelos entendidos no mundo automobilístico, e, a um preço de 25.000 mil dólares em 1977, foi considerado muito caro pelo público. Só quando apareceu em 1985 no filme “Back to the Future” é que as pessoas começaram a olhá-lo com uma certa admiração.

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4. AMC Gremlin

Lançado em 1970, o Gremlin era o automóvel que todos os adolescentes desejavam que os pais não tivessem. Com origem numa tentativa flagrante da American Motors Company vencer a Ford e a General Motors no mercado de automóveis subcompact, o Gremlin é considerado como um dos carros mais feios fabricado em toda a história. Caracterizado por ter uma parte dianteira longa e baixa e uma mala com pouca capacidade, o Gremlin parece desproporcionado de qualquer ângulo. Barato e mal feito, o Gremlin também era adornado com limpa pára-brisas operado a vácuo, um motor de seis cilindros bastante pesado e um manuseamento irregular devido à perda de suspensão na parte traseira. O Gremlin distinguia-se por ser mais rápido do que os outros automóveis compactos, mas isso era pouco animador para quem o tinha e era constantemente alvo de piadas…

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3. Peel Trident

Parece saído de um desenho animado mas trata-se apenas do Peel Trident, mais uma das curiosidades quase futurísticas dos anos 60. Desenhado e construído na Ilha de Man em 1966, o Trident tinha apenas 1.22 metros e duas polegadas de comprimento, conferindo-lhe o estatuto do automóvel mais pequeno do mundo. Que, infelizmente, era a única reivindicação à fama para o Trident, que era péssimo em todos os outros aspectos. O tecto Plexiglas amplificava os raios do sol e “queimava” as pessoas que ousavam conduzir este automóvel minúsculo e definitivamente muito estranho. Era também difícil de conduzir. Sem esquecer o facto de que não cabia mais de uma pessoa no veículo. Simplesmente bizarro.

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2. Yugo

Esta catástrofe sobre rodas foi importada para os Estados Unidos directamente da Jugoslávia, que estava controlada pelos soviéticos em meados da década de 80, como o automóvel ideal para os americanos preocupados com os custos. Este automóvel era muito barato e muito peculiar. Na verdade, era tão propenso a partir que havia um aquecedor na janela traseira do Yugo, para manter as mãos das pessoas quentes enquanto o empurravam. Os motores eram conhecidos por explodir, o sistema eléctrico entrava frequentemente em curto-circuito e havia partes que simplesmente caiam sem razão aparente. Muitas companhias de seguros recusaram-se a cobrir acidentes com estes automóveis. Não admira que o Yugo tenha tido uma vida curta nos Estados Unidos.

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1. Ford Pinto

O Ford Pinto é um clássico terrível! Fabricado pela primeira vez em 1971, o Pinto teve a proeza de explodir em chamas durante colisões traseiras a baixa velocidade – tornando-se uma preocupação de segurança e uma piada fácil entre os comediantes. No entanto, o que realmente selou a notória reputação do Pinto foi um “memorando”, agora famoso, que circulou dentro da Ford Motor Company, onde se discutia uma análise do custo-benefício que concluía que era mais acessível pagar os prejuízos das vítimas relacionados com o Pinto (cerca de 50 milhões de dólares) do que retirar os veículos e reforçar as suas extremidades traseiras (que ficava em cerca de 120 milhões de dólares). O “Pinto Memo”, como veio a ser conhecido, tornou-se sinónimo da crueldade das decisões da gestão corporativa. Um enorme fracasso!

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