De Espanha à África do Sul de moto elétrica

05/03/2023

Para os que ainda possam ter dúvidas sobre as reais potencialidades da moto elétrica, a aventureira Sinje Gottwald mostra que é possível! Já muitos de nós sonhámos com grandes viagens de moto, por locais inóspitos e com condições que sejam verdadeiros desafios à resistência física e mental. Mas agora, juntem a tudo isto um ingrediente extra: aos comandos de uma moto elétrica!

A viajante alemã Sinje Gottwald veio mostrar que é possível e a solo, numa moto elétrica e sem assistência. Isto demonstra bem a tenacidade e determinação desta mulher que já anteriormente tinha feito uma viagem de moto à volta do mundo!

Agora, saiu de Espanha (Barcelona) num ferry e atravessou o Mediterrâneo rumo a Marrocos e foi aí que começou de verdade a aventura! Atravessou 19 países, quase sempre próximo do Oceano Atlântico. A sequência de países que atravessou foi esta que mostramos em seguida:
– Marrocos;
– Mauritânia;
– Senegal;
– Gâmbia;
– Guiné-Bissau;
– República da Guiné;
– Serra Leoa;
– Libéria;
– Costa do Marfim;
– Gana;
– Togo;
– Benim;
– Nigéria;
– Camarões;
– Gabão;
– Congo;
– Angola;
– Namíbia;
– África do Sul.
A viagem terminou por fim na Cidade do Cabo e foi um sucesso!

Desde já referir que a moto escolhida foi uma Cake Kalk AP, de fabrico sueco que se mostrou à altura do tremendo desafio.

De origem, a Cake Kalk pesa apenas 80 kg, tem uma bateria de 51.8V/50Ah/2.6kWh (que pesa 17 kg), autonomia entre 50 a 60 kms (nestas duras condições), cerca de 90 km/h de velocidade máxima e um binário de 280 Nm. A moto foi criada em colaboração com o “Southern African Wildlife College”, contudo, pensada essencialmente para ser usada em áreas protegidas de conservação da natureza. Uma carga completa demora então, cerca de três horas.

Com uma bateria extra, dois carregadores, diversas peças de substituição, um telefone satélite e todo o seu equipamento, cumpriu uma viagem que muitos considerariam impossível, dadas as dificuldades ao longo do trajeto. Foram 124 dias, o que perfaz mais de quatro meses. Todavia, de acordo com as contas da alemã, foram necessárias “apenas” 140 cargas (estamos a falar de 11.000 kms) e os percalços não foram de ordem técnica já que a fiabilidade da moto e respetivos periféricos foi elevada e não teve sequer um furo!

Mais complicado foi às vezes encontrar postos de carregamento, sobreviver à meteorologia adversa, às armadilhas do terreno ou resolver as complicações fronteiriças. Curioso foi que em todos os carregamentos que fez ninguém aceitou qualquer pagamento!

Podem conhecer com mais detalhe esta aventura através do link https://thepack.news/sinje-gottwald-is-crossing-the-african-continent-on-a-kalk-ap-part-4/ ou no Instagram da Sinje: https://www.instagram.com/sinje.gottwald/