As respostas ao inquérito sugerem que a sustentabilidade e a pegada ambiental são temas importantes para os operadores da indústria do transporte, ainda que, na prática, estes players afirmem que se deparam com dificuldades na hora de passar à ação.
Transporte sustentável ocupa lugar de destaque na agenda
Empresas de todas as dimensões dão um peso acrescido à importância de mais práticas ambientais como forma de reduzir a pegada de carbono. Três quartos de todos os inquiridos reconheceram a sustentabilidade como um tema importante ou muito importante.
MAIS DE METADE DOS INQUIRIDOS AFIRMOU QUE A SUSTENTABILIDADE É UMA PARTE INTRÍNSECA DOS VALORES DA SUA EMPRESA
“As respostas ao Inquérito de Realidade Sustentável da Goodyear de 2021 são muito animadoras, e sublinham que a sustentabilidade ambiental ocupa um lugar de destaque nas agendas da indústria. Além do maior enfoque na redução de emissões durante o fabrico de veículos novos, os gestores de frotas estão, claramente, a tomar medidas. Estão a responder aos desafios climáticos de uma forma positiva, para cumprir os objetivos de redução de carbono e apoiar o progresso rumo a um futuro climaticamente neutro”, refere Maciej Szymanski, Diretor de Marketing de Commercial Business na Europa da Goodyear.
4 em cada 5 frotas com indicadores de desempenho
Segundo este inquérito, as frotas de mais de 500 veículos estão a liderar o caminho, ao incorporarem uma cultura centrada no meio ambiente nas suas operações diárias, e 70% das frotas de maior dimensão indicam que também definiram objetivos ecológicos claros.
Para o outono de 2022, quatro em cada cinco frotas inquiridas indicam que contarão com indicadores-chave de desempenho em termos de sustentabilidade, o que representa um aumento de 38% por comparação com 2021.Ferramentas mais utilizadas para cortar pegada ambiental
Uma das ações mais habituais que está a ser realizada é a renovação dos parques de veículos, com 68% dos operadores a renovaram a sua frota com opções mais limpas. Os grupos motopropulsores alternativos estão a aumentar, e, em frotas com mais de 500 veículos, 43% está a mudar para veículos elétricos, híbridos ou alimentados por GNL.
O Pacto Verde Europeu de 2019 tinha como objetivo uma redução de 90% das emissões de gases com efeito de estufa oriundos do transporte, por comparação com os níveis de 1990, e as emissões de CO2 dos camiões pesados novos, segundo as medições pelo método VECTO, deverão ser reduzidas em 15% em 2025, e em 30% em 2030.
Sendo um inquérito realizado por uma marca de pneus, a Goodyear destaca que 60% das frotas já utiliza pneus mais eficientes em termos de consumo de combustível.
Para reduzir ainda mais a pegada de carbono, as frotas estão a optar pela recauchutagem. Com a reutilização da carcaça do pneu, menos matérias-primas, menos desperdício e menos energia envolvida na produção, esta é outra solução simples para que as frotas reduzam a sua pegada de carbono.
Das frotas inquiridas, 45% afirma estar familiarizado com a próxima legislação ambiental aplicável à indústria do transporte, incluídos os incentivos ambientais e os esquemas de impostos, além de outras regulamentações mais restritivas.
Os incentivos financeiros, como as isenções fiscais, são motivadores determinantes para 72% das frotas inquiridas. Um terço das empresas inquiridas veem a sustentabilidade como uma forma de reduzir os custos operacionais.
Custo e complexidade põem travão à mobilidade verde
Porém, “nem tudo são rosas” no que diz respeito à implementação de medidas de sustentabilidade. O principal obstáculo para tomar ainda mais ações de sustentabilidade é o custo: mais de 60% indicou que algumas soluções são demasiado dispendiosas. E 79% das frotas com mais de 500 veículos informa que os motivaria a efetuar maiores melhorias caso existissem incentivos financeiros disponíveis.
Das empresas, 45% afirma que as soluções mais sustentáveis são demasiado complexas para serem integradas na sua atividade diária.