Mas a apenas algumas semanas do Salão Automóvel de Frankfurt, o maior a nível europeu, confirma-se que pelo menos nove marcas de relevo não estarão presentes, nomeadamente a DS, Infiniti, Peugeot, Jeep, Fiat, Alfa Romeo, Mitsubishi, Volvo e Nissan. Todas juntas representam cerca de 20% das vendas na Europa, o não deixa de ser assinalável.
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Ao Automotive News Europe, o analisa Ian Fletcher confirma que é cada vez mais difícil para os fabricantes justificarem o enorme investimento em função do seu efeito nas vendas de automóveis: “Questionaria qual a correspondência entre o público que se desloca a estes certames às transações que efetivamente são realizadas — aposto que a maioria dos clientes hoje prefere fazer a sua pesquisa online”.
O facto de as marcas poderem interagir diretamente com os seus potenciais clientes através das redes sociais e eventos mais pequenos ou dedicados está igualmente a influenciar as decisões nesta matéria, porque o poder de alcance é muito superior, a exposição mediática é exclusiva (e não partilhada) e não existe uma fronteira ou espaço físico a condicionar a relação com o consumidor.
Qual, então, o motivo para se gastarem milhões de dólares numa exposição estática num qualquer centro de convenções ou exposições quando hoje, através da internet, se pode comunicar, de forma específica e segmentada, às audiências que interessam é a pergunta que todos fazem. Mas isso não significa necessariamente que os salões irão desaparecer do mapa por completo. A forma de os viver é que terá provavelmente de ser diferente.
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