Câmara de Lisboa vai disponibilizar 5 milhões de euros para “projetos verdes”

13/05/2019

Para o próximo ano, a verba disponibilizada para efeitos de Orçamento Participativo em Lisboa passará de 2,5 milhões de euros para 5 milhões de euros para estimular o desenvolvimento de projetos ecológicos.

A Câmara Municipal de Lisboa deu a conhecer os 19 projetos sugeridos pelos munícipes no âmbito do Orçamento Participativo de Lisboa 2018/19 e nos quais os lisboetas mais votaram para receberem financiamento para serem concretizados.

Foram mais de 34 mil votos em torno de 122 projetos finalistas, com uma das novidades desta 11ª edição do Orçamento Participativo a ser o aparecimento de projetos com selo verde, com vista ao desenvolvimento sustentado da cidade, tendo presente o facto da capital portuguesa ser “Capital Verde” em 2020.

Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), deu os parabéns a todos os que participaram e fazem de Lisboa “uma melhor cidade, uma cidade cada vez mais para os cidadãos, onde estes podem decidir”.

De resto, para a próxima edição há novidades “ecológicas”, anunciadas pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Fernando Medina refere que para o ano, o valor disponibilizado para efeitos de Orçamento Participativo duplicará, passando de 2,5 milhões de euros para 5 milhões de euros e, em ano de “Lisboa Capital Verde da Europa”, os projetos terão de estar relacionados com a agenda “ambiental da cidade”.

Medina justifica o reforço da dotação pelo seu desejo de “quer fazer de Lisboa, em 2020, a cidade da mobilização do avanço da agenda ambiental”, seja com iniciativas na área da eficiência energética, mobilidade sustentável, reciclagem ou espaços verdes.

539 propostas recebidas

O processo do Orçamento Participativo 2018/19 começou em outubro do passado ano, com a fase de apresentação de ideias. Foram recebidas 539 propostas, das quais resultaram, após análise técnica por parte dos serviços municipais, 122 projetos finalistas. O período de votação nos projetos do Orçamento Participativo Lisboa 2018/19 decorreu de 11 de março a 28 de abril.

Eis a lista dos 19 projetos vencedores no Orçamento Participativo de Lisboa 2018/19:

  • Criação de um parque canino no bairro das Pedralvas, Benfica.
    Orçamento: 50 mil euros.
  • Criação de cobertura num recreio existente para poder ser usado no inverno. Também inclui plantação de árvores, de modo a criar espaços de recreio coberto naturais.
    Orçamento: 300 mil euros.
  • Requalificação do terreno baldio da Azinhaga das Teresinhas (junto à Avenida Gago Coutinho) e criação de um jardim temático que possa ser usado pela população, inclusive pela comunidade hindu que dispõe de um templo aí perto.
    Orçamento: 100 mil euros.
  • Requalificação do parque infantil do passeio Neptuno, num espaço de recreio e lazer ampliado, no Parque das Nações.
    Orçamento: 100 mil euros.
  • Criação de uma Ludoteca para crianças e jovens no Bairro da Horta Nova.
    Orçamento: 100 mil euros.
  • Requalificação do Campo de Jogos dos Agrupamentos Escolares de Benfica, com instalação de relvado sintético e equipamentos desportivos complementares.
    Orçamento: 100 mil euros.
  • Implementação de Parque Infantil inclusivo/adaptado, na freguesia de São Vicente. Orçamento: 300 mil euros.
  • Requalificação do espaço exterior da Escola Básica I / Jardim de Infância das Gaivotas através da colocação de material e equipamento lúdico adequados aos beneficiários e à sua dimensão, bem como do ginásio com a dotação de equipamento desportivo. Orçamento: 100 mil euros.
  • Colocação de estátua de homenagem ao Pupilo do Exército na Freguesia onde se encontra o Instituto dos Pupilos do Exército, em São Domingos de Benfica.
    Orçamento: 80 mil euros.
  • Criação de espaço (“caixa de artes”) para desenvolver atividades e práticas de natureza artística, no Parque das Nações.
    Orçamento: 100 mil euros.
  • Requalificação do parque infantil, transformando-o num parque intergeracional com sombreamento nas mesas para os adultos e outros equipamentos para as crianças, na Av. Mouzinho de Albuquerque, na Penha de França.
    Orçamento: 100 mil euros.
  • Cursos de Empreendedorismo e Capacitação para pessoas portadoras de deficiência, em Arroios.
    Orçamento: 60 mil euros.
  • Colocação de placa descritiva e evocativa dos Movimentos Feministas na Cidade de Lisboa.
    Orçamento: 55 mil euros.
  • Reformulação do Largo da Academia Nacional de Belas-Artes, de modo a torná-lo um prolongamento da Faculdade para o exterior, um ponto de encontro e lugar de repouso e lazer.
    Orçamento: 300 mil euros.
  • Monumento de homenagem ao Cônsul Aristides de Sousa Mendes.
    Orçamento: 60 mil euros.
  • Criação de um Espaço de Galerias de Artes do Parque (G’sAP) no Parque Urbano do Tejo e do Trancão que terá, como mentores, vários artistas de “street art” que poderão desenvolver um trabalho de formação e de ensino às novas gerações da cidade de Lisboa. Estas Galerias de Artes serão construídas a partir da reciclagem de contentores marítimos, contribuindo para a economia circular, transformando-os em ateliers e oficinas para aqueles que aqui terão as suas residências artísticas.
    Orçamento: 300 mil euros.
  • Espaço para incubação de empresas e dinamização cultural da Penha de França. Orçamento: 100 mil euros.
  • Melhoria da Mobilidade Pedonal em Campolide – Ligação da Rua 12 do Bairro da Calçada dos Mestres ao corredor verde do Vale de Alcântara e implementação de atravessamento semaforizado na Avenida Conselheiro Fernando de Sousa.
    Orçamento: 100 mil euros.
  • Requalificação dos Espaços Verdes da Rua Adelino Nunes, em Marvila.
    Orçamento: 100 mil euros.