Iberdrola descarta produção de carbono no Reino Unido

30/10/2018

A produção britânica da Iberdrola passa a estar livre de emissões, com a venda dos ativos de geração tradicional que ali ainda detinha. O objetivo agora é aumentar a sua capacidade eólica no Reino Unido, com uma carteira de projetos superior a 3.000 MW.

A Iberdrola, através da sua filial ScottishPower, decidiu vender os seus ativos de geração tradicional no Reino Unido.

A transação foi feita à empresa Drax Smart Generation, filial do grupo Drax, por 702 milhões de libras (cerca de 801 milhões de euros).

Desta forma, a empresa espanhola converte-se na primeira energética integrada no Reino Unido a ser 100% renovável, desprendendo-se de 2.554 megawatts (MW) de potência de geração tradicional, que inclui, principalmente, as instalações de ciclo combinado de gás, após ter fechado, nos últimos anos, as restantes centrais elétricas a carvão que tinha no país.

“AS EMPRESAS ENERGÉTICAS DEVEM SER UMA PARTE DA SOLUÇÃO PARA AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E NÃO UMA PARTE DO PROBLEMA” – IGNACIO GALÁN (CEO IBERDROLA)

Esta operação – sujeita às aprovações ordinárias de terceiros neste tipo de transações – é um novo passo no compromisso do Grupo Iberdrola para atingir a meta de uma economia descarbonizada.

O Presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, destaca o compromisso da Iberdrola com o Reino Unido: “É um mercado fundamental para nós e um dos pilares presentes e futuros do Grupo, onde investiremos 5,5 mil milhões de libras até 2022, especialmente para aumentar a nossa capacidade renovável, desenvolver mais redes, mais inteligentes e oferecer soluções mais personalizadas e eficientes aos nossos clientes”.

Ignacio Galán ressalvou que esta operação faz parte da “rotação habitual de ativos da empresa”, que “o mundo está em mudança” e que “as empresas energéticas devem ser uma parte da solução para as mudanças climáticas e não uma parte do problema”.

No Reino Unido, a empresa já possui uma potência eólica de 2.700 MW instalados ou em construção, além de uma carteira de projetos superior a 3.000 MW. Desta capacidade, a maior parte (2.900 MW) corresponde a projetos eólicos marinhos. Estes novos planos somam-se ao parque de East Anglia One (atualmente em construção), que terá uma capacidade de 714 MW e será o maior parque eólico marinho do mundo quando entrar em funcionamento, em 2020.

O desinvestimento do negócio de geração tradicional no Reino Unido enquadra-se no plano de rotação de ativos de 3 mil milhões de euros que a Iberdrola anunciou no último mês de fevereiro, coincidindo com a apresentação das suas Perspectivas Estratégicas 2018-2022.

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