Florida aprova legislação histórica para veículos autónomos
29/08/2019
Nível 1: É naturalmente o mais ‘primário’ e é possível encontrar-se já em muitos modelos. Falamos de sistemas de assistência à condução, como, por exemplo, o cruise control adaptativo (o sistema permite ao condutor regular a velocidade e a distância a que quer seguir face ao veículo da frente. Caso não haja qualquer veículo à frente, funciona como o cruise control convencional). Mais que aquilo que oferece, a importância está no facto de marcar o princípio daquilo que se espera vir a ser o futuro, com uma ajuda, ainda que mínima, ao condutor.
Nível 2: Constitui o primeiro e definitivo passo para a condução autónoma. O veículo já permite ao condutor retirar as mãos do volante durante breves momentos, manter-se na faixa de rodagem, ou realizar manobras como estacionar. Um bom exemplo disso é o controlo de estacionamento à distância da BMW, que permite estacionar o veículo estando fora dele, através da utilização da chave com ecrã. Neste nível as câmaras e radares do automóvel monitorizam o meio envolvente para a realização das ações autónomas por parte deste.
Nível 3: O veículo assume maior maturidade no capítulo da autonomia. Aqui o condutor já é capaz de se alhear da estrada e realizar outras tarefas, com o carro a seguir ‘sozinho’, podendo mudar de faixa, acelerar ou travar, sendo que o condutor poderá ser chamado a intervir a qualquer momento. Por exemplo, a Audi anuncia que o A8, que será apresentado no próximo mês, irá incorporar o nível 3 da condução autónoma, que irá funcionar abaixo dos 60 km/h e irá permitir ações como a de ler o jornal ou responder a e-mails enquanto o A8 se conduz sozinho. Este nível requer a utilização de sensores altamente avançados, como scanners laser, sensores ultra-sónicos e sistemas de radares que fazem uma leitura de 360º de tudo o que se passa em torno do veículo.
Nível 4: Apesar de não ser o último nível, é aquele em que o carro já terá total autonomia, a um ponto em que já irá permitir ao condutor, por exemplo, dormir descansadamente enquanto o automóvel o leva ao destino. Porém, o condutor deve estar habilitado para conduzir, podendo assumir a condução em partes específicas do traçado, se necessário. Neste nível os sensores e câmaras fornecem uma informação ainda mais precisa, com uma leitura dos dados em tempo real da área em que se encontra o veículo.
Nível 5: A diferença para o nível anterior é que o condutor deixa de ‘existir’, com o veículo a assumir total autonomia em todas as situações e passando a ser um transporte de passageiros. O ser humano deixa de precisar de estar habilitado a conduzir. É o futuro.
Testes com veículos autónomos sem ninguém a bordo e, caso haja alguém a controlar as operações ao volante, pode usar o telemóvel e até ver televisão: a legislação foi aprovada na Florida.
O estado da Florida, nos Estados Unidos, é o primeiro lugar do mundo que reconhece legalmente a circulação de veículos 100% autónomos sem que tenham que transportar pessoas a bordo. A legislação permite ainda que, caso haja alguém no interior da viatura ao volante para controlar as operações, essa pessoa pode usar legalmente o telemóvel e ver televisão.
Para que estes veículos autónomos possam circular neste estado americano terão apenas que ser homologados para os devidos efeitos.
Esta autorização dada, por enquanto, destina-se à realização de mais test drives, mas o passo dado pela Florida é histórico e potencia que, mais tarde, esta permissão seja alargada.
Avanço tecnológico
“Assinar esta legislação abre o caminho para a Flórida continuar como líder nacional em inovação de transporte e avanço tecnológico”, refere o governador da Florida, Ron DeSantis.
Esta iniciativa legislativa é a “House Bill 311” e pode ser consultada aqui.
Waymo, Uber e Tesla, que já tinham efetuado testes com carros de condução autónoma na Florida, vão incrementar nos próximos meses os ensaios aos seus automóveis, sem que alguém esteja no seu interior.
O governador da Florida, Ron DeSanti, exige a legislação aprovada.
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