M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Quando puderem circular sozinhos na estrada, os carros autónomos vão ter que adaptar a sua velocidade e o seu movimento a muitos dados de fontes diferentes, incluindo sensores de distância, movimento e luminosidade, câmaras de vídeo, comunicação com outros veículos e comunicação com outras infraestruturas. Tudo isso vai exigir muito poder computacional e consumir muita energia. O Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT) propõe a simplificação deste processo.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Investigadores da universidade americana notaram que humanos são bons a navegar por terrenos onde nunca estiveram, simplesmente através da observação e com um número mínimo ou inexistente de indicações prévias. Dentro de um carro, um condutor pode usar facilmente a sua observação da área para encontrar o caminho exato, complementando informação lida no GPS.

Os carros autónomos, por seu lado, não conseguem trabalhar desta maneira. O veículo deve mapear todos os detalhes de uma estrada para que o sistema de inteligência artificial consiga tomar decisões relativas à sua direção e velocidade. Isto consome muito tempo, tanto a mapear a estrada pela primeira vez, como a fazer atualizações quando existem alterações nos mapas e terrenos circundantes.

Para fazer com que os carros autónomos pensem como um ser humano a “ler” o terreno, os investigadores do MIT descreveram um sistema que aprende a conduzir copiando os movimentos de um condutor, com base em imagens captada numa câmara de vídeo e sobrepostas sobre um mapa simples, sem grandes detalhes. A inteligência artificial vai assim ser capaz de reconhecer discrepâncias entre o mapa e as imagens captadas e ajustar o seu comportamento.