M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
É uma sensação que os proprietários de drones conhecem. A energia da bateria está quase a acabar e o drone ainda está a 10 metros de altitude. Se parar de repente enquanto ainda está no ar, já sabe que vai ter que comprar um drone novo. O que era mesmo bom era que fizessem drones à prova de impacto. Mas talvez esse problema esteja perto de uma resolução, como já foi demonstrado por uma universidade da Suíça.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Stefano Mintchev e Dario Floreano, investigadores da EPFL (Escola Politécnica Federal de Lausanne) inspirou-se tanto nas asas de insetos como na arte japonesa do origami para criar um drone flexível o suficiente para evitar partir-se quando cai no chão. Este drone mantém a rigidez necessária para carregar o seu próprio peso quando está a voar, mas essa rigidez não se nota em caso de impacto numa estrutura mais rígida.

Este drone-origami tem uma estrutura em que uma membrana de elastómero é esticada e ensanduichada entre duas placas rígidas. Em voo, as partes rígidas garantem que o drone tem o seu funcionamento normal, mas se entrar em conflito com outra força, as partes rígidas separam-se para permitir à parte elástica lidar com a energia do impacto, deixando a estrutura dobrada. Depois o drone reassume a sua forma original e está pronto para voar outra vez.

Mas esta tecnologia vai ver mais aplicações longe dos drones, sendo ideal para o desenvolvimento de novos robôs. A equipa da universidade suíça já utilizou um elastómero entre placas rígidas numa garra mecânica, cuja rigidez muda quando reconhece a pressão máxima que pode sujeitar ao objeto que está a apanhar. Este tipo de robôs vai poder trabalhar em conjunto com humanos com mais segurança.