M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Necessidades de vigilância de território, serviços de emergência ou produção de energia levaram ao aparecimento de estruturas humanas onde antes só havia natureza. Isso tem levado a uma subida do número de aves mortas em colisões com estruturas, algo que John Swaddle, biólogo na Universidade William & Mary, quer evitar, através do uso de um farol acústico.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O farol acústico vem juntar-se a outra ideia já existente, a rede sónica. Ambas usam som numa determinada frequência ou intensidade para afastar aves de uma área, com a rede sónica a gerar um barulho constante para causar desconforto, enquanto o farol acústico será semelhante a um aviso sonoro. A ideia de Swaddle é obrigar a ave a olhar para cima. Como estes animais têm, na sua maioria, os olhos situados nos lados cabeça, o movimento do seu voo obriga-os a olhar para o chão, não conseguindo evitar obstáculos.

Com o barulho do farol, as aves vão olhar na direção do ruído, ver o obstáculo e alterar o seu padrão de voo, tal como uma buzina avisa um condutor que está a enviar um SMS. Isto é bom para desviar aves de geradores eólicos, chaminês, outras torres e edifícios altos, ou mesmo ser usado para afastar aves de áreas maiores, como aeroportos, impedindo colisões com aviões, que poderiam ser mortais para os passageiros.