M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Vestir roupa devia ser algo simples de se fazer. No entanto, milhões de pessoas por todo o mundo necessitam de ajuda para se vestirem, devido a problemas de saúde, lesões e idade avançada. É por isso que o Instituto de Tecnologia da Geórgia (Georgia Tech) criou um robô que aprendeu a vestir pessoas com dificuldades.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O robô, chamado PR2, estudou mais de 11 mil simulações de computador para colocar uma manga de uma bata de hospital no braço de uma pessoa, não necessitando de olhar para o braço nem para a roupa. Embora a máquina esteja equipada com câmaras que funcionam como olhos, o seu sistema de inteligência artificial analisou a força necessária para fazer a manga da vestimenta passar pelo cotovelo e pelo ombro.

Mesmo refinando os seus movimentos, o robô da universidade americana encontrou algumas dificuldades durante algumas tentativas intermédias. Quando uma dobra da roupa ficava presa nos dedos ou no cotovelo, a resposta do robô era puxar com força, o que poderia ter causado danos a uma pessoa real. No final de tudo, no entanto, o PR2 já tinha aprendido o suficiente para compreender o que era ajudar uma pessoa a necessitar de assistência.

Completada a parte simulada da experiência, a equipa de investigadores da Georgia Tech passou para o mundo real, colocando o PR2 a vestir uma bata de hospital em pessoas reais. O robô demonstrou ser capaz de se adaptar a diferentes ângulos do braço e movimentos da roupa, e também demonstrou que não gosta de ser apressado, necessitando de pensar um mínimo de 0,2 segundos para decidir o próximo movimento.

Para já, o PR2 ainda só consegue vestir um braço, um processo que demora 10 segundos. A equipa de investigadores da Georgia Tech revelou que vai ser preciso muito mais trabalho para que o robô consiga aprender a vestir completamente uma pessoa.

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