M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Uma vez, um cientista da NASA perguntou a um homólogo da União Soviética como fizeram para resolver o problema das esferográficas não escreverem em gravidade zero. O cientista russo respondeu que usavam lápis. Agora, os russos demonstram uma nova solução de baixo nível técnico para resolver outro problema de alto nível técnico. Em vez de desenvolverem sistemas para bloquear sinais de drones inimigos, resolveram simplesmente colocar mais um no ar, equipado com uma Kalashnikov que vai disparar sobre drones adversários.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Esta simples invenção foi patenteada pela Almaz-Antey, uma empresa estatal especializada em armamento controlado à distância e em telecomunicações para uso militar. A patente descreve o drone como “uma espingarda integrada numa estrutura com asas”, pesando 23 quilogramas e podendo voar durante 40 minutos com uma única carga de bateria. O uso de uma Kalashnikov era óbvia, já que este é o principal fornecedor de armamento de infantaria das forças armadas russas.

O Instituto de Aviação de Moscovo criou o sistema de voo, tendo contribuído para a estabilidade do aparelho no ar e de garantir a capacidade de identificar e atingir um alvo. O drone consegue manter o alvo em mira mesmo se falhar um tiro e for obrigado a mudar de posição, sem necessidade de qualquer ajuste manual. A Kalashnikov usada no aparelho tem capacidade para dez tiros. Teoricamente, o drone também pode ser usado para missões de abate de alvos humanos, já que a Kalashnikov voadora teria ainda mais facilidade em mirar numa pessoa em movimento que num aparelho mais rápido.