M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Vários construtores automóveis têm vindo a acrescentar sistemas de aviso à condução à sua lista de equipamentos de segurança. Geralmente, estes são capazes de detetar quando o condutor está cansado ou distraído, através de sensores que captam os movimentos erráticos do volante ou da linguagem corporal. Mas talvez não seja preciso acrescentar mais cabos e mais programas à eletrónica do seu carro, pois em breve o seu telemóvel poderá ter a mesma função.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Uma equipa do Laboratório de Computação Humana da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, liderada pelo estudante de doutoramento Vincent Tseng, criou um programa chamado AlertnessScanner, que usa a pupila do olho para detetar cansaço e falta de atenção numa pessoa. Como a maior parte dos aparelhos para medir os movimentos involuntários dos olhos são demasiado invasivos para poderem ser usados no dia-a-dia, por isso Tseng propõe o uso da câmara do seu telemóvel para observar os seus olhos, descrevendo o funcionamento na sua tese.

O programa deverá funcionar com a câmara virada na direção da cara do ocupante, de modo a observar o seu olho. Tseng e a sua equipa conceberam o AlertnessScanner para ser usado em profissões onde há perigo de alguém ficar distraído, nomeadamente em medicina, onde é imperativo que um médico ou um cirurgião se mantenha acordado. No entanto, a portabilidade do sistema coloca-o na linha da frente para ser usado em aplicações na indústria dos transportes, desde operadores de máquinas a camionistas, assim como para condutores privados, bastando instalar o telemóvel no tabliê, com a câmara virada para o condutor. O gigante informático Intel financiou o estudo, pelo que deverá ficar com os direitos de produção em série.