O carrinho de golfe não é um veículo apropriado para o transporte na estrada, pelo que não é dada muita atenção ao seu conforto e à proteção dos ocupantes. Afinal, não é suposto andar a acelerar nos caminhos do campo de golfe, e qualquer velocidade de cruzeiro deve ser suficiente para um grupo de jogadores viajar algumas centenas de metros sem se cansar.
Mesmo assim, uma máquina destas é capaz de acelerar até aos 50 km/h, e existem sempre obstáculos num campo de golfe. Não só há o risco de se atropelar pessoas ou colidir contra outros carrinhos, também existem árvores, pequenos lagos ou cercas que é preciso evitar. E um carrinho de golfe pode ser leve, mas não tem a manobrabilidade nem a capacidade de travagem de um automóvel. Um acidente é sempre possível, e o condutor e os passageiros não têm qualquer proteção.
Foi exatamente isso que foi revelado num teste de colisão do EuroNCAP com um carrinho de golfe, que foi submetido à mesma série de testes de um automóvel de passageiros convencional. Embora tenha um cinto de segurança, que pode oferecer alguma segurança a velocidades de 15 ou 20 km/h, o veículo torna-se uma armadilha mortal a 50 km/h, não tendo qualquer rigidez em caso de colisão, nem absorvendo energia. O condutor vai ter o seu peito esmagado pelo volante antes de levar com o peso do banco em cima. Em colisão lateral, o mais provável mesmo é que o condutor morra no impacto com o pescoço fraturado. Por isso, se é daqueles que gosta de fazer corridas com os carrinhos de golfe… não faça isso.