O travão de mão está condenado à morte

M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Se comprou um automóvel novo nos últimos anos, e se for um modelo de uso familiar para cima, é muito provável que o seu carro já não tenha um travão de mão. Parece estranho que um item de segurança como este desapareça, mas a verdade é que existem novas tecnologias que tornam este sistema desnecessário.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Foi Christian von Koenigsegg, criados dos supercarros com a marca Koenigsegg, que explicou as várias razões porque este sistema vai acabar por desaparecer. A primeira é espaço, já que este sistema ocupa espaço entre o chassis e no habitáculo, com uma alavanca de dimensões consideráveis a tirar espaço entre os bancos que pode ser usado para arrumação e um cabo que se extende do centro do habitáculo até ao eixo traseiro.

Muitos automóveis novos já têm travões de mão eletrónicos, que podem ser ativados pressionando um botão. Mas como as caixas manuais também estão a substituir as automáticas. O travão de mão já vem integrado. Aliás, muitos condutores esquecem-se de carregar no botão quando põem a alavanca das caixa automática em “P” (parque), mas o travão de mão é ativado automaticamente, por segurança. E, em caso de travagem de emergência, a maior parte dos condutores geralmente não se lembra de usar o travão de mão.

Mas e os condutores que gostam de fazer “pionaças”? Bem, com os ABS e ASR e controlos de tração, já é muito difícil conseguir fazer os carros derrapar nas curvas. Num supercarro, Von Koenigsegg diz que basta carregar com força no acelerador. Mas também diz que se calhar, num carro destes, vale a pena inventar um “botão de pionaças”.