Peugeot 5008 GT Line: Que bem se viaja neste grande leão

13/07/2017

Na senda do sucesso do 3008 (eleito Carro Europeu do Ano), a Peugeot acaba de lançar o novo 5008, um SUV de sete lugares, que vai beber toda a estética do seu irmão mais novo até às portas traseiras. A partir dai “estica-se” por mais 19 centímetros, permitindo acolher, em trajetos curtos, mais dois passageiros ou, em alternativa, “engolir” 1060 litros de bagagens. O Motor24 ensaiou-o na versão 1.6 HDi GT Line, de 120 cavalos. Um familiar vasto, confortável, mas pouco dado a andamentos mais vivos.

Este motor 1.6 HDi acaba por ser a maior pecha deste 5008. Perfeitamente à vontade para lidar com os 1465 quilos do SUV mais pequeno, ressente-se dos perto de 120 quilos a mais do modelo superior.

Não que estejamos perante um veículo lento mas, mesmo no modo Sport e com a caixa automática em modo manual, é preciso calcular bem as ultrapassagens, em particular quando viajamos carregados.

Acautelada esta particularidade, o 5008 revela-se um ótimo SUV, um bom companheiro para longas viagens, que nos acolhe num dos melhores ambientes que temos encontrado num automóvel. Mesmo em estradas mais reviradas de montanha, onde exibe um comportamento de bom nível, sem surpresas desagradáveis, o novo SUV da Peugeot sabe preservar o conforto.

Ambiente relaxado

Uma ou outra falha na montagem não são suficientes para manchar o i-Cockpit. Bem sentados, sentimo-nos envolvidos pela consola central, onde brilham alguns comandos em forma de teclas de piano, muito bem desenhadas e de toque agradável. Dão acesso ao rádio, à navegação, ao ar condicionado (que se regula depois no monitor tátil no centro do tablier), às configurações da viatura ou do telefone, entre outras. Do lado esquerdo, uma tecla mais pequena permite escolher entre dois ambientes – Boost e Relax – e duas fragrâncias.

O painel de instrumentos é digital e, por isso, configurável num comando instalado no volante, sendo possível escolher que informações pretendemos ver. Mais do que uma demonstração inútil de tecnologia, representa uma mais valia em termos de segurança, pois não necessitamos de desviar os olhos da estrada.

O volante continua de dimensões reduzidas e recortado em baixo (numa prática já normal na indústria automóvel) e em cima, por forma a não tapar o painel de instrumentos. Atrás, duas patilhas de mais dimensões permitem passar de caixa manualmente.

Os bancos oferecem um bom suporte lateral, mas não gostámos do regulador do apoio lombar, localizado do lado direito do banco e numa posição muito elevada. Tem mesmo de ser regulado antes de iniciar a marcha.

Não faltam espaços de arrumação, incluindo um bastante grande e refrigerado no apoio de braço.

As boas noticias, nesta versão GT Line, estendem-se às mesas do tipo aviação nas costas dos bancos diferentes, a dois pequenos alçapões sob os pés dos passeios e à possibilidade de rebater o banco do passageiro da frente, permitindo transportar objetos mais longos ou servindo simplesmente de mesa.

Atrás destaque-se, na fila do meio, os três banco individuais e reguláveis longitudinalmente, aumentando o espaço para as pernas de quem viaja nos dois últimos lugares. Estes dois banco, que se escondem no piso e facilmente se levantam, implicam deixar a tampa da bagageira em casa, pois não há local para a guardar.

O enorme teto panorâmico, que abre sobre os ocupantes da frente, são um extra que não nos cansamos de elogiar. Mesmo em dias em que os termómetros ultrapassaram os 35 graus a cortina (elétrica) que o tapa impede o interior do 5008 de se tornar num enorme forno.

Preços

Se optar pelo Driver Sport Pack vai notar uma direção mais firme e melhor resposta do motor e da caixa de velocidades. Como em muitos outros veículos, o ruído do motor é amplificado digitalmente e a sonoridade desportiva chega-nos ao habitáculo através das colunas de som. Ok. Não acorda os vizinhos e faz-nos crer que estamos ao volante de um carro mais desportivo, apesar de soar um pouco artificial.

Resumindo, apesar do motor algo “curto” em determinadas situações, o 5008 é um SUV a ponderar na hora da compra. E aquele interior vale ouro.

A versão mais barata, equipada com o motor a gasolina 1.2 Pure Tech, de 130 cavalos, pode ser comprado a partir do 32 3809 euros (Allure), a que deve acrescer mais 2200 euros se optar pela motorização Diesel.

A unidade por nós ensaiada custa 40 690 euros e existe ainda uma versão GT Line com o motor 2.0 BlueHDi, de 150 cavalos e caixa manual, por 42 480 euros.

No topo está o 2.0 Blue HDi de 180 cavalos e caixa automática, que custa 46 220 euros.

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