Se já teve oportunidade de circular por um paddock da F1, uma das curiosidades é que muitos dos pilotos são pequenos e franzinos. Nem todos, é certo, mas uma boa maioria. Só que este ano tiveram que trabalhar com afinco, e agora mais parecem pequenos ‘armários’….
Os pilotos de Fórmula 1 foram sujeitos a grande treino físico na pré-temporada para se prepararem da melhor forma para as novas exigências físicas dos Fórmula 1, pois a ‘física’ diz que as alterações regulamentares iriam colocar muito mais ênfase na questão física e por isso os pilotos tiveram de se preparar para isso. Houve pilotos a ganhar quatro ou cinco quilogramas de massa muscular, mas Sergio Pérez, piloto da Force India diz que… nem por isso: “Não notou quase diferença nenhuma no esforço físico entre os carros do ano passado e deste. Penso que este ponto pode ter sido muito exagerado” disse. O que o mexicano se deve ter esquecido é que foi ‘obrigado’ a um aturado programa físico antes do arranque dos testes, e por isso quando chegou a Barcelona achou ‘aquilo’ bem mais fácil do ‘filme’ que lhe tinham ‘pintado’. Ou seja, ele é que está mais forte, e por isso o esforço que está a fazer… é o mesmo. Para Xavi Martos, personal trainer de Pérez: “O Checo é um dos pilotos mais bem preparados do plantel e não vai ter qualquer problemas com o pescoço mesmo que tenha de perder peso”, disse.
Mas há quem tenha opinião diferente, por exemplo Lewis Hamilton, que ao fim de dois dias de ensaios se ressentiu, queixando-se de algumas nódoas negras e das irregularidades do Circuito da Catalunha: “Acho o carro muito mais físico de guiar que o anterior. É tão mais rápido nas curvas. Sente-se que a força no nosso corpo e pescoço é muito maior. Tenho nódoas negras e calos que nunca tive antes. Fisicamente sinto-me bem, pois é apenas meio dia (em cada dia) e treinámos-nos ao longo do inverno para estarmos melhor preparados”, confessou o britânico da Mercedes no final do segundo dia de ensaios em Barcelona. Sem falar da parte física, Vettel gosta a ‘exigência’: “Do ponto de vista do piloto é melhor em tudo. É melhor a travar, tens mais aderência e fazes melhor as curvas. Apesar disto, é difícil comparar o monolugar de 2016 com este, são ‘animais’ bem diferentes.”
José Luís Abreu/AutoSport
