A Malásia tem uma população de 28 milhões de habitantes dos quais 22 milhões se encontram na parte continental ou West Malaysia, que faz fronteira a norte com a Tailândia e a Sul com Singapura. A outra parte do país, East Malaysia, com uma área aproximada à da parte ocidental, encontra-se na ilha de Borneo, que reparte com a Indonésia e o pequeno sultanato do Brunei.
A maior originalidade do sistema político é que têm um Rei mas que é eleito a cada 5 anos, de entre os descendentes hereditários dos monarcas de 9 dos 13 estados que formam o país. Na prática têm um sistema de rotatividade, de maneira que o rei muda a cada 5 anos.
A população é uma mistura de raças com influencias mais fortes tanto de Indianos como de Chineses.
Quando cheguei à ilha de Penang, ainda era uma da tarde e decidi começar por dar uma volta à ilha. Pelo caminho almocei num restaurante junto ao mar e, da parte da tarde visitei uma quinta de frutos tropicais, onde bebi um sumo.
Pelas quatro e meia da tarde estava em George Town, a cidade desta ilha com 290 Km2. É uma cidade gira por ser tão cosmopolita, misturando zonas de prédios e Hoteis modernos com bairros típicos que nos transportam no tempo.Instalei-me numa Guest House dum destes bairros. A rua chama-se Love Lane porque em tempos era onde os empresários locais tinham os apartamentos onde instalavam as suas amantes, apartamentos esses agora transformados em pequenos Guest Houses e Hostais que albergam a maioria dos jovens ocidentais em viagem por aquelas bandas. A rua é muito animada, com bares bem arranjados e algumas lojas de tralha antiga muito giras. Parece estarmos nos anos 70.
Ali a dois passos visitei o bairro chinês com ruas típicas e a atração de “grafitis” extraordinários, por vezes em três dimensões, aproveitando partes de bicicletas ou outros materiais.
No dia seguinte decidi fazer uma caminhada através da selva de um parque natural existente na ilha que me levaria à “turtle beach” onde supostamente avistaria enormes tartarugas. O trajeto de quatro quilómetros através da selva, com subidas e descidas acentuadas em carreiros disformes é cansativo e acabei por conseguir uma boleia de barco para voltar da praia de onde as tartarugas tinham emigrado. Pelo caminho através da floresta encontrei muito pouca gente mas qual não foi o meu espanto quando vejo um casal de miúdos em que ele tinha vestida uma camisola da seleção portuguesa de futebol. Perguntei-lhe se sabia que camisola era aquela e o rapaz respondeu-me: “Claro. Sou um grande fã da seleção portuguesa”. Tem graça mas acho triste sermos só conhecidos nestes países longínquos através do futebol. Ninguém tem ideia onde fica Portugal e muitos nunca ouviram sequer falar no nome.
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