Como o automóvel também pode ser um foco de transmissão do vírus, nunca é demais informar sobre o que pode fazer para estar em maior segurança.
As autoridades de saúde lembram que o vírus permanece em superfícies durante um período temporal que pode ir de algumas horas a seis dias, e a limpeza e desinfeção frequente daqueles pontos de contacto diminui consideravelmente a ameaça.
O mapa das zonas críticas
Todas as superfícies do automóvel estão expostas vírus, mas há zonas que são críticas para a disseminação da infeção. Daí que o alerta das autoridades seja para redobrar a atenção sobre todas as superfícies em que toca antes de iniciar a viagem, especialmente se vai partilhar o automóvel com alguém.
Há quatro pontos críticos no exterior da carroçaria: puxadores das portas dianteiras e traseiras, também os pilares das portas, que seguramos quando as abrimos, e portão da mala.Já no interior do automóvel deve começar por desinfetar-se o volante, seguindo-se o seletor da caixa de velocidades, o comando do travão de parque e os puxadores de portas.
Os botões dos sistemas de som e multimédia, as alavancas na coluna de direção (piscas, limpa para-brisas), os ajustes da posição dos bancos ou os encostos de braços não devem ser esquecidos.
Que produtos são seguros?
De acordo os especialistas, para a limpeza de todos aqueles pontos de contacto, dentro e fora do automóvel, é aconselhável o uso de alguns produtos que já usamos nas tarefas domésticas, com função antibacteriana.
Limpe no final com um pano seco e lave-o muito bem para a próxima utilização
Bancos com água e sabão
Além do painel de instrumentos, o punho da caixa de velocidades e os referidos bancos, os pontos mais críticos, o novo coronavírus pode ser transmitido também através dos assentos de um veículo. Mas para este componente do carro não recomendamos a utilização de uma solução alcoólica, sobretudo se os veículos equipados com estofos em couro.
As superfícies em pele, em geral, ficam manchadas e o álcool pode agir como um solvente para esse corante. Se se aplicar o álcool e esfregar com força, o mais provável é que a tonalidade desapareça e o assento perca a sua cor.
Desinfeção por ozono
O método ganhou adeptos entre profissionais do volante, como alternativa aos tradicionais desinfetantes e panos. As máquinas de limpeza por ozono, originalmente pensadas para combater os maus odores dos automóveis, estão também a ser usadas contra o novo coronavírus, embora a sua eficácia não esteja ainda totalmente comprovada contra todas as variantes da doença. Os especialistas também alertam para alguns riscos potenciais: pode causar descoloração de alguns elementos ou danos nas borrachas das portas e, mais importante, em caso algum pode funcionar com animais ou pessoas no interior do veículo, uma vez que podem causar danos severos a nível respiratório.
As máquinas de ozono não devem ser usadas por mais de duas horas, mas isso também estará dependente da potência da máquina, sendo aceite que dispositivos entre 3500 e os 6000 mg/h podem ser seguros nos materiais com que entra em contacto.
Máscara durante e depois da boleia
De acordo com os estudos mais recentes, é possível criar uma espécie de microclima de elevada carga viral numa viagem de apenas 15 minutos. E, depois disso, o coronavírus pode permanecer viável em aerossóis durante três horas.
Janelas opostas para diminuir o risco de infeção
Investigadores garantem que abrir as janelas opostas aos ocupantes permite criar um fluxo de ar que reduz drasticamente a presença de aerossóis no habitáculo. Os investigadores da Universidade de Massachusetts Amherst
e da Brown University explicam que abrir a janela o mais longe possível de onde está sentado no carro fornece mais fluxo de ar e proteção para o motorista e passageiro. Ou seja, sentado no banco traseiro à direita do motorista, deve abrir a janela da frente do seu lado e janela traseira à sua esquerda.
