Avarias de verão. Porque deve proteger o seu carro deste calor

24/08/2023

O verão com temperaturas altíssimas e prolongadas ondas de ar quente está para durar e exige cuidados redobrados.
Não é apenas o corpo humano que sofre, o calor extremo também pode afetar a ‘saúde’ do seu carro. O automóvel também necessita hidratar-se, entre outros cuidados adicionais com o acréscimo de peso das bagagens, as distâncias percorridas mais longas e o recurso frequente a auxiliares como o ar condicionado.
Motor – reduza a fricção
Os fluidos do motor são fundamentais para manter o veículo operacional, sobretudo com muito calor. O óleo não serve apenas para lubrificar, criando uma película entre as peças móveis que reduz o desgaste causado pela fricção, mas também ajuda a arrefecer e manter a temperatura de todo o bloco e diversos componentes. Com níveis baixos, aumenta a possibilidade de um sobreaquecimento ou o desgaste precoce das peças metálicas do motor. Verifique os níveis do óleo do motor e do líquido anticongelante. Faça-o sempre com o motor frio.
Quando mudar o óleo?
É necessário que este seja trocado a intervalos regulares, com a maior parte dos carros a ter intervalos recomendados de manutenção de 15 mil ou 30 mil quilómetros. Embora não seja obrigatório cumprir estes limites à risca, quanto mais tempo passar além do recomendado entre mudanças de óleo, pior será o feito para o motor. Num carro parado muito tempo não deve ultrapassar os 24 meses. Mas a vida útil dos lubrificantes não depende apenas do tempo e dos quilómetros. Em locais com temperaturas extremas sugerem trocas mais frequentes. Os óleos de motor ficam mais finos quando aquecem e são os óleos mais espessos de alta viscosidade os melhores na manutenção da resistência da película para proteger motores em altas temperaturas. Depois de apurar qual o óleo correto para o veículo… não escolha outro. Utilize o tipo e a classificação de óleo recomendados pelo fabricante. Verifique sempre se o óleo atende às especificações exigidas pelo fabricante.
Travões a ferver
O habitáculo de um automóvel estacionado ao sol, facilmente atinge temperaturas a rondar os 50 graus, o suficiente para potenciar o risco de falhas no sistema eletrónico. O calor excessivo também fragiliza componentes como os travões, que perdem eficácia. A verificação do estado dos discos e das pastilhas deve ocorrer com frequência, mas é ainda fundamental que o líquido dos travões se encontre no nível correto.
Pintura protegida
Como a prolongada exposição solar nos deixa a pele em mau estado, os raios ultravioletas também deixam marcas na pintura do seu automóvel. Principalmente, quando se trata de cores vivas. A forma de evitar que a pintura comece a exibir manchas baças ou tonalidade esbatida, é recorrendo a ceras protetoras à venda no mercado. Algumas protegem, mas acrescentam função reparadora.
Os componentes eletrónicos do automóvel, como os modernos sistemas de infotainment com ecrãs táteis, também podem sofrer danos irreparáveis se a temperatura subir acima dos 60º C.
Também se deve ter um cuidado especial na lavagem, como sugerem os especialistas da Consilcar. “Esta nunca deve ser feita depois de o carro ter estado muito tempo ao sol, pois o choque térmico com a água fria também afeta a pintura e deteriora-a mais rapidamente”.
Vidros e tablier
Estes dois componentes do automóvel sofrem com a incidência direta do sol e são claramente os mais afetados pelos efeitos nefastos das altas temperaturas. Para proteger os painéis do habitáculo nada mais prático que as comuns palas de proteção, de preferência as defletoras, mais eficazes do que as de cartão. Já os vidros do carro podem apresentar pequenas ruturas, quase impercetíveis, que as diferenças e temperatura podem agravar.
Bateria
O calor extremo do verão (como o frio rigoroso do inverno) afetará sempre as reações que ocorrem no interior das baterias, que podem, por isso, perder eficiência. Também é importante prestar atenção à evaporação rápida dos fluidos da bateria por excesso de calor, que leva à corrosão em distintos terminais e conexões. Dica: quando a bateria do automóvel dispõe de tampa verifique o nível do líquido e reponha o valor normal com água destilada.
Pneus
A borracha dos pneus sobre asfalto escaldante atinge temperaturas elevadíssimas, que podem originar perdas de pressão. Conduzir com os pneus com pouco ar não só afeta o comportamento do carro e dos travões, como também possibilita o sobreaquecimento das rodas, aumentando muito o risco de furo ou rebentamento.