Se o carro parado durante estes dias acumulou ‘quilos’ de areia na frente ou no vidro traseiro, o melhor é seguir para a lavagem…

 

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Portugal Continental vai ser atingido até quinta-feira por poeiras africanas, com origem em tempestades de areia em Marrocos e na Argélia, nomeadamente no deserto do Saara, e que, em caso de precipitação, podem transformar-se em chuvas de lama.

Muitos condutores que não guardam o automóvel durante a noite acordaram com os seus veículos pintalgados de tons alaranjados, devido à acumulação de poeira. E a dúvida agora é: seguir para a lavagem ou esperar por dias de céu mais azul?

Depende do nível de sujidade. Se é apenas na carroçaria que mais se nota a sujidade, talvez não deva investir na lavagem já, pois as condições do ar não devem conhecer alterações até final da semana. No entanto, atenção a para-brisas!

O bom estado de conservação do para-brisas e o correto funcionamento do respetivo sistema de limpeza são fundamentais para a segurança, mas o que muitos condutores ainda desconhecem é que um automóvel com o vidro tão sujo que não deixa ver mais de um palmo à frente do nariz, também pode valer uma multa.

Mais vale prevenir…

Logo, se o carro parado durante estes dias acumulou “quilos” de areia na frente é melhor lavar.

Isto porque a lei não é totalmente clara, logo abre espaço a interpretações várias, nomeadamente quando no Artigo 22.° do Regulamento ao Código da Estrada, pode ler-se que “os para-brisas dos automóveis ligeiros e pesados serão constituídos por vidros inquebráveis ou inestilhaçáveis, não suscetíveis de provocar deformações dos objetos vistos por transparência”.

Cabendo ao agente no local identificar e classificar se a sujidade no para-brisas, por exemplo, é o suficiente para originar “deformações dos objetos vistos por transparência”.

Situações em que não deve facilitar, até porque “a contra-ordenação do disposto neste número será punida com coima de 99,76 euros a 249,40 euros”.