Os motores de combustão interna produzem temperaturas muito elevadas e, para que um aquecimento excessivo do motor não comprometa a mecânica, é preciso controlar esse calor. É para isso que serve um sistema de arrefecimento fechado, composto por um ou mais radiadores e por uma bomba com a função de fazer circular o líquido de refrigeração na frente do carro. O anticongelante introduzido e misturado com a água consegue reduzir a sua temperatura de congelamento. Assim, com temperaturas gélidas de inverno, a água não congela e continua a fluir pelo circuito para manter uma temperatura ótima de funcionamento do motor em torno de 90ºC.
Uma fuga deste fluído é a mais comum causa para o sobreaquecimento. Os pontos de fuga mais frequentes são: mangueira, radiador, caixa de termostato, bomba de água, junta do motor, tampas protetoras anticongelante, óleo de transmissão automática, cabeça do cilindro e monobloco.
O anticongelante é um produto preparado à base de etilenoglicol e água, mais ou menos concentrado (quando se diluírem os anticongelantes concentrados, é recomendado utilizar água desionizada), e de diferentes cores (verde, rosa, amarelo, etc..).
Alerta tem cheiro e cor
Mangueira gasta ou partida. Uma mangueira com buracos ou cortes poderá causar fugas e interrupção do fluxo do líquido de arrefecimento do motor.Os líquidos fluorescentes, em caso de fuga, permitem a deteção mais fácil da origem da mesma.
Assim, esteja atento, se ao ligar o veículo detetar uma poça de líquido colorido. Pode ser combustível, mas, dependendo da cor, pode ser sintoma de um vazamento de anticongelante. O fluido de transmissão é tipicamente vermelho escuro, enquanto o óleo assume tons dourados e azulados no asfalto.
O olfato também pode ser fundamental no diagnóstico. Se nota um cheiro doce quando desliga o motor do seu veículo, algo semelhante a um xarope, caramelo ou canela. Este aroma pode ser mais fácil de perceber junto às cavas das rodas do eixo mais próximo do motor.
Evite o sobreaquecimento
A ocorrência de sobreaquecimento no motor é um indício de que algo está seriamente errado com o seu funcionamento. Assim, é fundamental que preste muita atenção ao indicador da temperatura do motor. Porém, para que não chegue a um ponto drástico, convém efetuar a revisão frequente de todo o circuito de refrigeração, mas pode também verificar em casa o nível do líquido presente no reservatório dedicado. Utilize um anticongelante apropriado e lembre-se que o mesmo vai perdendo as suas propriedades com o tempo. As oficinas especializadas recomendam uma mudança do líquido anticongelante entre 2 e 4 anos.
Os especialistas da Vulco em Portugal também apontam outros sinais de alerta:
-Concentração incorreta do líquido de refrigeração. É importante seguir as recomendações do fabricante do veículo quando se usa o líquido de refrigeração; uma vez que a concentração incorreta de água destilada pode causar o superaquecimento do motor. Em caso de dúvida, o melhor é drenar o depósito e voltar a enchê-lo.
-Termostato avariado. O problema surge quando o termostato permanece na posição fechada. Nessa altura, o líquido refrigerante fica dentro do motor e pode provocar um rápido sobreaquecimento.
-Avarias no radiador. No radiador, a temperatura do líquido de arrefecimento reduz-se à medida que este passa através dos diferentes tubos. As principais causas de avarias nesta peça são fugas e entupimentos. Qualquer erro na função do radiador pode aumentar a temperatura e causar o sobreaquecimento.
-Falha na bomba de água. A bomba de água é o elemento central do sistema de refrigeração, uma vez que é responsável pela pressurização e por conduzir o refrigerante através do sistema de refrigeração. Qualquer falha na bomba de água como uma fuga de líquido de refrigeração pode provocar o superaquecimento do motor.
Fonte: Vulco.pt