A cidade de Lisboa vai apertar o cerco ao excesso de velocidade e ao estacionamento em segunda fila, confirmando o reforço da rede de radares e a instalação de 120 câmaras de vigilância nos semáforos. Além disso, a autarquia liderada por Fernando Medina irá levar a cabo uma campanha de sensibilização para promover a segurança rodoviária.

Em declarações ao jornal Diário de Notícias, o vereador da Mobilidade em Lisboa, Miguel Gaspar, revelou que as medidas que serão implementadas na capital têm por objetivo aumentar a segurança rodoviária e baixar a velocidade nas estradas, revelando que “num mundo perfeito não multaríamos ninguém, pois toda a gente cumpriria o limite de velocidade”.

A rede de radares de controlo de velocidade irá crescer em Lisboa, mas o número de dispositivos a serem instalados ainda não é conhecido, sabendo-se porém que serão colocados nas vias com maior índice de sinistralidade, como a Segunda Circular ou o Eixo Norte-Sul. Tal como acontece atualmente, a presença dos radares será identificada por sinalização aos condutores. Alguns deles, apontou ainda ao DN, não irão controlar a velocidade para efeitos de contraordenações, mas apenas para incentivar a redução da velocidade.

“Como não conseguimos mudar a cidade, temos de apelar ao bom senso das pessoas e ao seu cuidado. Nos pontos mais críticos temos os instrumentos de fiscalização de velocidade que, de facto, desincentivam”, apontou, reforçando que a ideia é mesmo a de baixar o número de multas, que em 2017 foi de 156 mil por excesso de velocidade.

Por outro lado, Miguel Gaspar apontou que a Câmara de Lisboa tem previsto um plano para “modernizar” a rede de controlo de semáforos, “o que nos vai permitir gerir o tempo que as pessoas passam paradas no trânsito”. Esse investimento representa um total de cinco milhões de euros em sistemas de semáforos e de vigilância.

O estacionamento em segunda fila é outro dos ‘alvos’ apontados por Miguel Gaspar para melhorar a mobilidade em Lisboa, procurando reforçar as multas para quem estaciona em segunda fila e mais campanhas de sensibilização para que essa prática seja abandonada pelos condutores. Dessa forma, a eficácia dos transportes públicos poderá ser incrementada.